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Ibovespa fecha em alta de 1,33%, com ganhos em minério de ferro

As ações da Cemig estavam entre destaques positivos diante de notícia sobre planos para subsidiárias

Bovespa: a pesquisa Focus do Banco Central mostrou que a estimativa para a Selic ao final deste ano passou a 9% (Nacho Doce/Reuters)
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Reuters

Publicado em 13 de março de 2017 às 17h38.

São Paulo - O tom positivo prevaleceu na Bovespa nesta segunda-feira, com a alta de seu principal índice ganhando suporte na valorização dos preços do minério de ferro na China e tendo ainda as ações da Cemig entre os destaques positivos diante de notícia sobre planos para subsidiárias.

O Ibovespa subiu 1,33 por cento, a 65.534 pontos. O volume financeiro foi de 5,67 bilhões de reais, abaixo da média diária para o mês até sexta-feira, de 7,84 bilhões de reais.

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O bom humor nesta sessão ganhou suporte ainda da queda nas projeções para a taxa básica de juros do país.

Pesquisa Focus do Banco Central mostrou que a estimativa para a Selic ao final deste ano passou a 9 por cento, ante 9,25 por cento no levantamento anterior.

A recuperação neste pregão veio após o Ibovespa acumular queda superior a 3 por cento na semana passada, período em que fechou no azul apenas em um pregão em meio a preocupações com o cenário político brasileiro.

Segundo analistas, a cautela com a cena política segue no radar dos negócios também nesta semana, em meio à espera pela divulgação da lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido de abertura de inquérito para políticos citados em delações no âmbito da Lava Jato, o que pode acontecer ainda esta semana.

A agenda econômica esvaziada desta segunda-feira vem antes de dados relevantes a serem divulgados ao longo da semana, incluindo a decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros nos Estados Unidos.

Após recentes declarações de autoridades do Fed e de dados sobre o mercado de trabalho norte-americano, a expectativa é que o banco central dos EUA suba os juros na quarta-feira.

Destaques

- CEMIG PN subiu 4,84 por cento, a maior alta do Ibovespa. Fontes disseram à Reuters que a Cemig planeja vender uma participação majoritária em duas unidades e listá-las em São Paulo e Nova York nos próximos meses, uma medida que poderia ajudar a terceira maior concessionária de energia do Brasil a reduzir a dívida e diminuir o peso das decisões governamentais na empresa.

- VALE PNA avançou 4,01 por cento e VALE ON ganhou 4,59 por cento, também entre os destaques positivos, apoiadas na alta expressiva nos preços do minério de ferro na China.

- CSN ON teve alta de 2,6 por cento, USIMINAS PNA ganhou 1,72 por cento e GERDAU PN subiu 3,86 por cento, também na esteira do avanço nos preços do minério de ferro e do aço na China.

- GRUPO PÃO DE AÇÚCAR PN subiu 3,31 por cento. No radar estava a notícia publicada pelo jornal Valor Econômico de que a empresa adiou em cerca de 15 dias o prazo final para receber propostas de interessados em comprar sua participação na rede de eletroeletrônicos Via Varejo. As units da Via Varejo, que não fazem parte do Ibovespa, tiveram alta de 1,64 por cento.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA teve ganho de 1,23 por cento. A empresa anunciou aumento no preço de lista da celulose de eucalipto negociada na China para 660 dólares por tonelada, o que equivale a um reajuste de 30 dólares por tonelada, a partir de abril. FIBRIA ON avançou 2,94 por cento.

- WEG ON caiu 2,88 por cento, entre os destaques negativos do Ibovespa. O Goldman Sachs cortou a recomendação para as ações da Weg para "venda", ante "neutra", citando a valorização do real e o ciclo tardio de recuperação da empresa entre os fatores para a decisão, conforme relatório a clientes nesta segunda-feira. O preço-alvo passou a 16 reais, ante 17 reais.

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