Mercados

Ibovespa fecha em alta de 0,6% com exterior favorável

No cenário interno, o mercado segue monitorando o andamento das reformas, com a expectativa pela votação da reforma trabalhista no plenário do Senado

B3: "o volume tem sido muito vazio e o mercado vem subindo ou caindo com volumes muito fracos" (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: "o volume tem sido muito vazio e o mercado vem subindo ou caindo com volumes muito fracos" (Patricia Monteiro/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 3 de julho de 2017 às 18h04.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou no azul nesta segunda-feira, com respaldo do cenário externo mais favorável ao risco, mas com a persistente cautela com o cenário político local limitando os ganhos.

O Ibovespa fechou am alta de 0,6 por cento, a 63.279 pontos.

O volume financeiro, que já vinha enfraquecido nos últimos pregões, ficou ainda menor nesta sessão e somou 4,75 bilhões de reais, com as negociações esvaziadas na parte da tarde devido ao fechamento mais cedo das bolsas dos Estados Unidos. No mês passado, o giro médio diário foi de 7,01 bilhões de reais.

A expectativa de operadores é que o volume seja reduzido novamente na quarta-feira, quando os mercados permanecerão fechados nos Estados Unidos pelo feriado do Dia da Independência.

"O cenário externo estava mais favorável hoje e o mercado local acabou se beneficiando disso. Mas o volume tem sido muito vazio e o mercado vem subindo ou caindo com volumes muito fracos", disse o estrategista da corretora Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira.

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Dow Jones subiram neste pregão mais curto, com o Dow atingindo um recorde intradia diante dos ganhos das ações de energia e de bancos.

No cenário interno, o mercado segue monitorando o andamento das reformas, com a expectativa pela proximidade da votação da proposta de reforma trabalhista no plenário do Senado.

Nesta sessão, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a reforma trabalhista deverá ser votada na Casa na próxima semana e que um requerimento de urgência para a matéria deverá ser analisado pelos senadores na terça-feira.

Destaques

- VALE PNA subiu 1,86 por cento, e VALE ON ganhou 2,24 por cento, na esteira dos ganhos nos preços dos contratos futuros do minério de ferro na China.

- GERDAU PN teve ganho de 1,17 por cento, CSN ON subiu 1,53 por cento e USIMINAS PNA avançou 2,17 por cento, também espelhando os ganhos do minério de ferro e do aço na China.

- PETROBRAS PN fechou praticamente estável com recuo de 0,08 por cento, e PETROBRAS ON teve valorização de 0,61 por cento, com os ganhos nos preços do petróleo no mercado internacional sendo parcialmente ofuscados pela expectativa de prejuízo bilionário com a repactuação do Plano Petros. Também no radar estava a redução dos preços da gasolina e do diesel anunciada pela estatal na sexta-feira para mitigar as importações crescentes de combustíveis por competidores, o que deve reduzir as receitas da petrolífera.

- JBS ON avançou 3,06 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa. As ações da empresa têm mostrado intensa volatilidade desde o acordo de delação de seus executivos, com investidores de olho nos acordos para venda de ativos do grupo J&F, controlador da JBS. Entre os mais recentes desdobramento, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin negou pedido de liminar que pedia liberação da venda de operações de carne bovina na Argentina, Paraguai e Uruguai para a Minerva.

- ITAÚ UNIBANCO PN teve alta de 0,95 por cento e BRADESCO PN avançou 0,79 por cento, reforçando o viés de alta do Ibovespa, dado o peso das ações na composição do índice.

Acompanhe tudo sobre:B3Crise políticaIbovespaReforma trabalhistawall-street

Mais de Mercados

Ibovespa perde os 129 mil pontos com incertezas fiscais no radar; dólar dispara 1,24% a R$ 5,551

Ações da Volvo sobem 7% enquanto investidores aguardam BCE

Reunião de Lula sobre corte de gastos e decisão de juros na Europa: o que move o mercado

BC eleva o limite de operações de câmbio feitas em instituições não bancárias para US$ 500 mil

Mais na Exame