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Ibovespa fecha em alta, com noticiário corporativo no radar

Índice subiu 0,51 por cento, a 80.275,59 pontos, maior patamar desde 23 de maio, após oscilar da mínima de 79.699,03 pontos à máxima de 80.491,57 pontos

Ibovespa: volume financeiro somou 7,43 bilhões de reais, contra média diária em julho de 9,5 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ibovespa: volume financeiro somou 7,43 bilhões de reais, contra média diária em julho de 9,5 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 30 de julho de 2018 às 17h03.

Última atualização em 30 de julho de 2018 às 17h44.

São Paulo - O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, renovando máxima em dois meses, mas com volume reduzido, em meio à fraqueza em Wall Street e ausência de novidades relevantes no front político-eleitoral, com notícias corporativas e expectativa para balanços sob os holofotes.

O principal índice de ações da B3 subiu 0,51 por cento, a 80.275,59 pontos, maior patamar desde 23 de maio, após oscilar da mínima de 79.699,03 pontos à máxima de 80.491,57 pontos. O volume financeiro somou 7,43 bilhões de reais, contra média diária em julho de 9,5 bilhões de reais.

Em Nova York, as bolsas fecharam em queda, novamente pressionadas pelo recuo de ações de tecnologia e internet. O S&P 500 caiu 0,58 por cento e o Nasdaq perdeu 1,39 por cento.

Decisões de política monetária de vários bancos centrais do mundo nesta semana, incluindo o brasileiro e o norte-americano Federal Reserve, corroboraram o tom mais comedido no pregão, disseram profissionais da área de renda variável.

Da cena política doméstica, a equipe da XP Investimentos ressaltou em nota a clientes mais cedo que as convenções partidárias realizadas no fim de semana não trouxeram novidades e que o foco está nos potenciais anúncios para a vaga de vice.

Destaques

- VIA VAREJO subiu 6 por cento, recuperando-se da queda de cerca de 4 por cento dos últimos dois pregões, conforme seguem expectativas sobre a venda da fatia do GPA na rede varejista de móveis e eletrodomésticos. No final de semana, a versão online da coluna Radar, da revista Veja, disse que, após a migração das ações da dona das bandeiras Casas Bahia e Pontofrio para o Novo Mercado da B3, cresceram as chances de venda da empresa para a rival Magazine Luiza. Ainda de acordo com a publicação, os potenciais compradores incluem a Amazon e a Tencent. Procurada, a Via Varejo remeteu ao GPA, que afirmou que o processo de venda do controle acionário da Via Varejo está em andamento e não há nada material para divulgar neste momento.

- MARFRIG <MRFG3.SA> fechou com elevação de 3,04 por cento, tendo no radar notícias de que a norte-americana Tyson Foods entrou em conversas exclusivas com a companhia de alimentos brasileira para comprar a sua unidade Keystone Foods, fornecedora norte-americana de frango para o McDonald's. A Marfrig, que adquiriu a Keystone oito anos atrás por 1,26 bilhão de dólares, espera vender a unidade por mais que o dobro disso --até 3 bilhões de dólares. Entre os grupos interessados na Keystone estavam a Cargill e a Cofco. No setor, JBS cedeu 5,50 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO PN <ITUB4.SA> subiu 1,45 por cento, em sessão positiva para os bancos doIbovespa e antes da divulgação do seu balanço trimestral, prevista para depois do fechamento do mercado. Analistas da Brasil Plural esperam um resultado decente e consistente, com o lucro crescendo tanto na base trimestral como anual, mas com o banco ainda tendo um progresso pequeno em seu portfólio de crédito. No setor, BRADESCO PN subiu 0,74 por cento e SANTANDER BRASIL avançou 2,47 por cento, enquanto BANCO DO BRASIL mostrou acréscimo de 0,03 por cento.

- PETROBRAS PN fechou com elevação de 0,61 por cento, favorecida pela alta do petróleo no exterior. A petrolífera de controle estatal informou nesta segunda-feira que deu início à fase vinculante dos processos para a cessão da totalidade dos direitos de exploração, desenvolvimento e produção das concessões terrestres do Polo Sergipe Terra 2, no Estado de Sergipe. Ainda no radar, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco (MDB-RJ) cobra da companhia decisão rápida sobre investimento no Comperj. PETROBRAS ON, por sua vez, cedeu 0,18 por cento.[nE6N1TV029]

- HYPERA caiu 1,67 por cento, revertendo os ganhos do começo da sessão, apesar da repercussão positiva do balanço divulgado no final da sexta-feira, com lucro das operações continuadas de 278,8 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 22,3 por cento contra um ano antes. Analistas do Morgan Stanley consideraram os resultados bons, com a receita continuando a crescer em um ritmo de dois dígitos, sem impactos relevantes da greve dos caminhoneiros.

- KLABIN UNIT encerrou em alta de 0,1 por cento, anulando as perdas vistas em boa parte do dia, após apresentar ao mercado os resultados do segundo trimestre, com alta de 49 por cento no Ebitda ajustado, para 884 milhões de reais. A equipe do BTG Pactual considerou o resultado sólido, acrescentando que a empresa conseguiu resultados com boa qualidade e forte geração de caixa, em um trimestre marcado por impactos da greve dos caminhoneiros.

- VALE subiu 1,65 por cento, na esteira do avanço dos preços do minério de ferro.

- TELEFÔNICA BRASIL PN recuou 2,25 por cento, na ponta negativa do Ibovespa, engatando o quarto pregão seguido de perdas, desde que anunciou um salto de 261 por cento no lucro do segundo trimestre, para 3,15 bilhões de reais, beneficiada por decisão judicial que agregou ganho adicional de 1,83 bilhão de reais ao resultado.

- EMBRAER cedeu 1,34 por cento, antes do balanço trimestral previsto para sair na manhã de terça-feira. Analistas esperam números fracos, depois que os dados já divulgados indicaram queda nas entregas.

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