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Ibovespa cai por Petrobras, bancos e construtoras

Índice caiu 0,57 por cento, a 51.408 pontos, com giro financeiro de R$ 6,9 bilhões

Bovespa: realização de lucros de investidores nesta quinta ocorreu após o Ibovespa ter subido 2,85 por cento na véspera (Marcos Issa/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 18h02.

São Paulo - A Bovespa fechou no vermelho o pregão desta quinta-feira, com investidores realizando lucros acumulados no recente rali e pressionada principalmente por ações de bancos e da Petrobras. Mais sensível a juros, o setor de construção também recuou, após o Banco Central elevar a taxa Selic na véspera.

O Ibovespa caiu 0,57 por cento, a 51.408 pontos. O giro financeiro do pregão somou 6,9 bilhões de reais.

"Quem mais está contribuindo para a queda são a Petrobras e os bancos que, pelo fato de terem uma boa participação no índice, estão chamando essa realização (de lucros). Do ponto de vista de notícias, não há nenhuma novidade que pudesse 'empobrecer' o mercado", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

O Ibovespa chegou a ensaiar movimento de alta na primeira hora do pregão, aproximando-se dos 52 mil pontos na máxima. Mas o patamar, que é considerado uma resistência forte, acabou chamando vendas de investidores, disse Figueredo.

A ação do Itaú Unibanco foi a maior influência de baixa do dia, depois de atingir sua maior cotação no intradia, a 35,31 reais.

Ações do setor de construção e sensíveis aos juros como Cyrela, Rossi Residencial, MRV Engenharia e PDG Realty foram responsáveis pelas maiores quedas do índice, um dia depois do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ter elevado a taxa Selic a 11 por cento ao ano.

"Essas empresas (de construção) apresentaram lucros aquém do esperado (no quarto trimestre). Mesmo assim, com a maré boa, as ações recuperaram um pouco. Mas agora, como o Copom subiu a taxa Selic, a curva de juros fica um pouco mais para cima, o que afeta os financiamentos", disse o analista-chefe da Corretora Magliano, Henrique Kleine.

Apesar do Banco Central ter indicado o fim do ciclo de aperto monetário com mudanças em seu comunicado, a notícia não animou o setor, uma vez que não se sabe por quanto tempo a Selic permanecerá no patamar atual, completou Kleine.

A realização de lucros de investidores nesta quinta ocorreu após o Ibovespa ter subido 2,85 por cento na véspera, o que, somando-se às altas do forte rali de março, permitiu ao índice anular as perdas acumuladas no ano. Nesta quinta, o índice fechou abaixo da linha que separa ganhos de perdas em 2014, mas manteve-se acima dos 51 mil pontos.

A divulgação na sexta-feira do relatório de emprego mensal dos Estados Unidos, cujo resultado pode pavimentar o caminho para mudanças na política monetária da maior economia do mundo, deve dar o tom dos negócios na próxima sessão.

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São Paulo - A Bovespa fechou no vermelho o pregão desta quinta-feira, com investidores realizando lucros acumulados no recente rali e pressionada principalmente por ações de bancos e da Petrobras. Mais sensível a juros, o setor de construção também recuou, após o Banco Central elevar a taxa Selic na véspera.

O Ibovespa caiu 0,57 por cento, a 51.408 pontos. O giro financeiro do pregão somou 6,9 bilhões de reais.

"Quem mais está contribuindo para a queda são a Petrobras e os bancos que, pelo fato de terem uma boa participação no índice, estão chamando essa realização (de lucros). Do ponto de vista de notícias, não há nenhuma novidade que pudesse 'empobrecer' o mercado", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

O Ibovespa chegou a ensaiar movimento de alta na primeira hora do pregão, aproximando-se dos 52 mil pontos na máxima. Mas o patamar, que é considerado uma resistência forte, acabou chamando vendas de investidores, disse Figueredo.

A ação do Itaú Unibanco foi a maior influência de baixa do dia, depois de atingir sua maior cotação no intradia, a 35,31 reais.

Ações do setor de construção e sensíveis aos juros como Cyrela, Rossi Residencial, MRV Engenharia e PDG Realty foram responsáveis pelas maiores quedas do índice, um dia depois do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ter elevado a taxa Selic a 11 por cento ao ano.

"Essas empresas (de construção) apresentaram lucros aquém do esperado (no quarto trimestre). Mesmo assim, com a maré boa, as ações recuperaram um pouco. Mas agora, como o Copom subiu a taxa Selic, a curva de juros fica um pouco mais para cima, o que afeta os financiamentos", disse o analista-chefe da Corretora Magliano, Henrique Kleine.

Apesar do Banco Central ter indicado o fim do ciclo de aperto monetário com mudanças em seu comunicado, a notícia não animou o setor, uma vez que não se sabe por quanto tempo a Selic permanecerá no patamar atual, completou Kleine.

A realização de lucros de investidores nesta quinta ocorreu após o Ibovespa ter subido 2,85 por cento na véspera, o que, somando-se às altas do forte rali de março, permitiu ao índice anular as perdas acumuladas no ano. Nesta quinta, o índice fechou abaixo da linha que separa ganhos de perdas em 2014, mas manteve-se acima dos 51 mil pontos.

A divulgação na sexta-feira do relatório de emprego mensal dos Estados Unidos, cujo resultado pode pavimentar o caminho para mudanças na política monetária da maior economia do mundo, deve dar o tom dos negócios na próxima sessão.

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