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Ibovespa cai 0,57% com ações de bancos e do varejo

São Paulo - O comportamento dos preços medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acabou imputando um dia de perdas ao mercado acionário brasileiro que, assim, encerrou na contramão das Bolsas norte-americanas. Lá, os dados positivos do mercado de trabalho puxaram os índices de ações para cima, mas aqui as ações dos bancos […]

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 17h52.

São Paulo - O comportamento dos preços medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acabou imputando um dia de perdas ao mercado acionário brasileiro que, assim, encerrou na contramão das Bolsas norte-americanas. Lá, os dados positivos do mercado de trabalho puxaram os índices de ações para cima, mas aqui as ações dos bancos e de empresas do varejo jogaram contra, em razão da percepção de que juros mais elevados devem ser necessários para controlar a inflação. As blue chips subiram e contiveram o tamanho da queda do índice Bovespa.

O Ibovespa terminou o pregão em baixa de 0,57%, aos 62.207,33 pontos, na mínima. Na máxima, registrou 63.206 pontos (+1,02%). No mês, passou a acumular perda, de 0,31%, e, no ano tem baixa de 10,24%. O giro financeiro totalizou R$ 5,263 bilhões. Os dados são preliminares.

Saíram nos EUA os números de criação de vagas no mercado privado de trabalho em junho (157 mil ante previsão de 95 mil) e de pedidos de auxílio-desemprego (queda de 14 mil na semana passada, ante previsão de redução de 3 mil). O auge da semana acontece amanhã, com a divulgação do nível de emprego (payroll), cuja previsão é de criação de 108 mil vagas no mês passado.

O índice Dow Jones terminou o pregão com ganho de 0,74%, aos 12.719,49 pontos. O S&P-500 avançou 1,05%, aos 1.353,22 pontos, e o Nasdaq subiu 1,36%, aos 2.872,66 pontos.

A Europa também deu sua contribuição para o clima mais ameno desta sessão com dados favoráveis da Alemanha e do Reino Unido. Também foram bem recebidas as declarações do presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, de que a autoridade suspendeu o limite mínimo de rating de crédito para Portugal, que é a exigência mínima de classificação de risco dos bônus que aceita como garantia para tomada de empréstimos em suas linhas de financiamento.

Tudo isso, no entanto, não foi suficiente para a Bolsa brasileira sustentar a alta da manhã por todo o pregão, embora as blue chips tenham se mantido no azul. Petrobras ON subiu 0,42% e Petrobras PN valorizou 0,51%; Vale ON avançou 0,63% e Vale PNA ganhou 0,43%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro do petróleo para agosto avançou 2,09%, a US$ 98,67 o barril.

A alta de 0,15% do IPCA do mês passado, no teto das projeções, engrossou as apostas de que o aumento da taxa básica de juros (Selic) neste mês (em mais 0,25 ponto porcentual, para 12,5% ao ano) não deve ser o último do ano, elevando ainda mais a atratividade da renda fixa em detrimento da variável.

No setor financeiro, Bradesco PN perdeu 1,42%, Itaú Unibanco PN caiu 2,10%, BB ON desvalorizou 2,67% e Santander Unit cedeu 1,46%. As ações de consumo, também penalizadas pela previsão de que os juros vão subir mais, lideraram as perdas do índice. Hypermarcas ON recuou 3,74%, Natura ON caiu 3,41%, Lojas Renner PN perdeu 3,04%, Lojas Americanas PN recuou 2,93% e B2W ON desvalorizou 2,57%.

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