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Ibovespa cai 0,55% e volta a perder os 69 mil pontos

Por Márcio Rodrigues São Paulo - Assim como aconteceu em alguns pregões da semana passada, a Bolsa de Valores de São Paulo voltou a se descolar negativamente dos seus pares internacionais. O motivo, na visão de analistas, é o vencimento de opções sobre índice Bovespa, amanhã, e o vencimento de opões sobre ações na segunda-feira. […]

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2010 às 17h35.

Por Márcio Rodrigues

São Paulo - Assim como aconteceu em alguns pregões da semana passada, a Bolsa de Valores de São Paulo voltou a se descolar negativamente dos seus pares internacionais. O motivo, na visão de analistas, é o vencimento de opções sobre índice Bovespa, amanhã, e o vencimento de opões sobre ações na segunda-feira. Isso, aliado à cautela que domina o cenário global neste momento, derrubou o giro financeiro no mercado acionário doméstico e castigou, principalmente, o papel das siderúrgicas.

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O Ibovespa fechou em queda de 0,55%, aos 68.742,97 pontos. Na máxima, o índice à vista ficou estável, aos 69.127 pontos, e, na mínima, cedeu aos 68.531 pontos, em queda de 0,86%. O volume financeiro negociado somou R$ 5,31 bilhões.

Se ontem o mercado se mostrava otimista em relação a um avanço mais consistente da Bolsa brasileira, hoje esse cenário foi dissipado. Isso porque, o vencimento de opções que vinha funcionando como um limitador de novas quedas da Bolsa, hoje teve efeito contrário. "Os investidores se deram conta de que estava mais fácil bater no índice do que puxá-lo para cima", afirma um operador de uma corretora paulista. "O giro foi muito fraco e acabou colaborando para essa queda do índice. Parece que o investidor deixou para fazer o que tem de fazer no próximo ano", completa um outro operador.

Internamente, os dados de arrecadação divulgados pela Receita Federal não tiveram grande influência no mercado acionário. A arrecadação de impostos e contribuições federais interrompeu uma sequência de 13 resultados recordes e recuou em novembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo a Receita, a arrecadação de impostos e contribuições federais atingiu em novembro R$ 66,797 bilhões. O valor foi 12,28% menor, em termos reais (pelo IPCA), do que o verificado em novembro de 2009.

A queda da Bolsa, contudo, foi impulsionada pelo recuo mais acentuado dos papéis do setor siderúrgico, que experimentaram alguma recuperação nos últimos pregões. Gerdau PN caiu 2,34%, figurando entre as maiores quedas do dia, enquanto Metalúrgica Gerdau PN recuou 1,83%. Usiminas ON perdeu 1,51% e a ação PN cedeu 1,71%. Completando a lista, CSN ON caiu 1,05%.

As blue chips também contribuíram para a queda do índice a vista. Os papéis ON e PN da Vale caíram, respectivamente, 0,88% e 0,37%. No caso da Petrobras, a ação ON teve baixa de 0,70% e a PN, de 0,31%, seguindo a queda da cotação do petróleo em Nova York.

No EUA, em sua última reunião do ano, o comitê de mercado aberto (Fomc, na sigla na inglês) do banco central norte-americano, o Federal Reserve, manteve a política de afrouxamento monetário que prevê a compra de títulos do Tesouro, assim como o juro básico entre zero e 0,25% ao ano. Em seu comunicado, o Fomc reiterou que o plano de comprar US$ 600 bilhões em títulos do Tesouro até junho de 2011 será submetido a revisões regulares e pode ser ajustado dependendo do desempenho da economia. Além disso, o órgão reiterou que a economia norte-americana segue em recuperação, ainda que em ritmo abaixo do necessário para diminuir o desemprego. Isso acabou reduzindo a força das bolsas por lá. Às 18h34, o índice Dow Jones subia 0,34%, enquanto o S&P 500 cedia 0,01%. O Nasdaq tinha leve alta de 0,02%.

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