Ibovespa amplia queda e toca mínima do dia com adiamento de votação na CCJ
Às 12:57, o Ibovespa caía 1,82 por cento, a 92.620 pontos
Reuters
Publicado em 17 de abril de 2019 às 10h28.
Última atualização em 17 de abril de 2019 às 13h17.
São Paulo — A bolsa paulista acelerou a queda nesta quarta-feira, 17, tocando a mínima da sessão, após deputados decidirem adiar para a próxima semana a votação da admissibilidade da proposta de reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Às 12:57, o Ibovespa caía 1,82 por cento, a 92.620 pontos. O giro financeiro somava 10,8 bilhões de reais.
Mais cedo, o Ibovespa subiu 0,75 por cento, ajudado pela repercussão favorável a dados chineses e ao desfecho de reunião em Brasília sobre a política de preços da Petrobras.
A CCJ da Câmara dos Deputados encerrou na noite de terça-feira a fase de discussões da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência e marcou a votação sobre a admissibilidade do texto para as 10h desta quarta.
No começo da tarde, porém, o líder do partido Novo na Câmara, Marcel van Hattem (RS), disse que a votação ficou para a próxima terça-feira. Em seguida, o presidente da CCJ encerrou a reunião da comissão.
"O mercado quer sinais mais claros (sobre o andamento das reformas)", disse o assessor de investimentos Rodrigo Zauner, sócio da SVN, escritório de agentes autônomos ligado à XP Investimentos, com 1,8 bilhão de reais em ativos assessorados.
No exterior, dados mostraram que a economia chinesa cresceu 6,4 por cento no primeiro trimestre, acima das expectativas, enquanto a produção industrial naquele país subiu 8,5 por cento em março, também superior ao esperado no mercado.
Para a Coinvalores, os números afastam momentaneamente a perspectiva de uma desaceleração mais contundente na China.
Wall Street, por sua vez, não mostrava uma tendência definida, com ações do setor de saúde ainda pressionando negativamente.
A sessão da bolsa paulista também é marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro.
Destaques
- PETROBRAS PN perdia 0,6 por cento e PETROBRAS ON cedia 0,7 por cento, perdendo o fôlego do começo do pregão, quando prevaleceu a leitura positiva de analistas sobre o resultado de reunião do presidente Jair Bolsonaro, ministros e o presidente da companhia, na véspera. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a Petrobras é independente para definir preços, e que Bolsonaro deixou claro que é fora de propósito manipular cotações da estatal. O Itaú BBA considerou as declaração positiva, mas afirmou que vai monitorar como a companhia ajustará os preços nos próximos dias. Também no radar estava notícia de que a Caixa Econômica avalia oferta secundária para vender sua fatia na petrolífera.
- VALE recuava 1,5 por cento, em sessão de queda nos preços do minério de ferro na China, tendo de pano de fundo notícia da véspera de que decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais autorizou a mineradora retomar a operação de sua mina Brucutu, a maior de minério de ferro da companhia no Estado. A companhia também atualizou projeção para suas vendas de minério de ferro e pelotas em 2019.
- KLABIN UNIT valorizava-se 3,2 por cento, após aprovar expansão de capacidade no segmento de papéis, o projeto Puma II, que terá investimento de 9,1 bilhões de reais até 2023. "O anúncio está em linha com o que a Klabin vinha discutindo com os investidores e coloca a empresa de volta no caminho do crescimento, após o início da Puma I em 2016", escreveram analistas do Bradesco BBI.
- BRADESCO PN caía 2,5 por cento. ITAÚ UNIBANCO PN cedia 2,4 por cento e BANCO DO BRASIL exibia declínio de 1,6 por cento.
- CENTAURO ON, que estreou nesta quarta-feira, cedia 0,4 por cento, 12,45 reais, tendo valorizado-se 1,9 por cento na máxima até o momento após a rede de varejo esportivo precificar o IPO na última segunda-feira a 12,50 reais.