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Ibovespa fecha em alta de 1,5% com fiscal, Vale e balanços; dólar desaba

Aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara melhora percepção fiscal e impulsiona bolsa

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)
BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 11 de novembro de 2021 às 18h44.

O Ibovespa apresentou forte alta nesta quinta-feira, 11, subindo 1,54% aos 107.594 pontos – na máxima, o principal índice da B3 chegou a subir 2,55%, aos 108.669 pontos.

O desempenho da bolsa foi uma resposta ao alívio com o cenário fiscal após a aprovação da PEC dos Precatórios na véspera. Com a pauta encaminhada ao Senado, investidores aproveitaram para repercutir a temporada de balanços do terceiro trimestre, que termina já na próxima semana.

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As ações da Azul (AZUL4) saltaram 9,83%, após a empresa superar as estimativas em resultado divulgado nesta manhã. No terceiro trimestre, a companhia aérea teve receita líquida de 2,72 bilhões de reais, contra 805,3 milhões de reais do mesmo período de 2020. A receita também ficou acima do consenso de mercado da Bloomberg, de 2,49 bilhões de reais. Sua principal concorrente, a GOL (GOLL4), pegou carona no movimento de alta e subiu 4,33%.

Porém, o principal vetor de alta na bolsa veio das ações da Vale (VALE3), que são os papéis com maior representação no Ibovespa. A mineradora registrou ganhos de 3,53% após o minério de ferro fechar em forte alta na China, embalado por notícias de que a Evergrande conseguiu pagar parte de suas dívidas – evitando um calote que muitos já consideravam iminente.

A apreciação da commodity também contribui para o bom desempenho das ações de siderúrgicas, que figuram entre as maiores altas deste início de pregão, com CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) disparando 7,46% e 6,24%, respectivamente.

Outros papéis que vinham sofrendo nos últimos meses também aproveitaram esta quinta-feira para se recuperar. Foi o caso da Méliuz (CASH3), que fechou em forte alta de 10,34% – a maior do dia –, dando continuidade a um movimento de correção após cair mais de 44% em outubro.

O impulso positivo veio também do exterior. Nos Estados Unidos, dois dos principais índices de ações índices fecharam o dia em alta, se recuperando das últimas perdas, pressionadas por dados de inflação acima das expectativas. O S&P 500 avançou 0,06%, o Nasdaq subiu 0,52% e o Dow Jones, mais atrelado à economia tradicional, foi o único a fechar em queda, caindo 0,41%.

O tom positivo lá fora – associado à queda do risco fiscal no Brasil – levou o dólar comercial a uma forte desvalorização. A moeda recuou 1,74%, fechando a sessão a 5,404 reais.

No radar dos investidores também estiveram os dados de vendas do varejo, divulgados nesta manhã pelo IBGE, que caíram mais do que o esperado para setembro. No mês, as vendas tiveram queda de 1,3% contra o recuo de 0,6% esperado para o período. Na comparação anual, as vendas caíram 5,5% ante o consenso de queda para 4,3%.

Ainda assim, a notícia não foi suficiente para ofuscar a recuperação das varejistas na bolsa, com uma exceção: a Via (VIIA3, ex-Via Varejo). Com o pior desempenho do Ibovespa, as ações daVia, desabaram mais de 11%, após a divulgação do balanço do terceiro trimestre. No período, a empresa manteve seu lucro líquido estável em relação ao terceiro trimestre de 2020, em 101 milhões de reais.

Por outro lado, a receita líquida caiu 5,9% e as vendas físicas, 14,3%, devido à redução do número de lojas. No entanto, a maior decepção ficou com as provisões com processos judiciais e trabalhistas, que mais que dobrou para 2,5 bilhão de reais. "O impacto em resultado no terceiro trimestre do ano, deduzidos os valores reembolsáveis e líquido de IR e CSLL é de 810 milhões de reais", afirmou a empresa em fato relevante.

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