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Goldman Sachs incentiva clientes a continuarem com o banco

Frankfurt - O Goldman Sachs intensificou nesta quinta-feira operação de relações públicas após ser acusado de fraude nos Estados Unidos. A instituição está contatando clientes, pedindo para continuarem com o banco depois que o alemão BayernLB cortou laços com o gigante de Wall Street. O Goldman está tentando conter a crise gerada por acusações da […]

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2010 às 15h53.

Frankfurt - O Goldman Sachs intensificou nesta quinta-feira operação de relações públicas após ser acusado de fraude nos Estados Unidos. A instituição está contatando clientes, pedindo para continuarem com o banco depois que o alemão BayernLB cortou laços com o gigante de Wall Street.

O Goldman está tentando conter a crise gerada por acusações da Securities and Exchange Commission sobre a maneira pela qual estruturou e vendeu um produto de investimento vinculado a hipotecas de alto risco.

O banco nega a acusação de fraude e está contatando os clientes e enviando e-mails em que rejeita as acusações do órgão regulador do mercado norte-americano.

"Se surgir evidência crível de que tal comportamento realmente aconteceu, seremos os primeiros a condená-lo e a tomar todas as medidas apropriadas", afirma o Goldman Sachs segundo afirmou uma pessoa que teve acesso a um dos e-mails.

O BayernLB afirmou que a gravidade das acusações feitas pela SEC contra o Goldman Sachs motivou a instituição a cortar vínculos com o banco de investimento, segundo uma carta enviada pelo presidente-executivo do banco alemão e obtida pela Reuters.

O BayernLB havia contratado o Goldman como assessor em um processo de aumento de sua posição de capital que faz parte de esforços de reestruturação.

"Mesmo que os procedimentos (da SEC) estejam em curso, e com isso é necessária a presunção de inocência, as acusações contra a sua instituição são tão graves que o banco, que está ele próprio sob atenta avaliação e precisa se ater aos padrões éticos mais elevados, sente-se compelido a tomar esta medida", afirma a carta.

O BayernLB não representa um volume substancial de negócios do Goldman na Alemanha. O país respondeu por 6 por cento, ou 995 milhões de dólares, dos 16,3 bilhões de dólares em tarifas de comissões de banco de investimento cobradas pelo Goldman entre 2005 e 2009, segundo dados da Thomson Reuters.

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