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Ganho no exterior dá espaço para recuperação da Bovespa

A agenda econômica fraca do dia e a ausência de novidades no panorama político nos Estados Unidos e na Itália devem contribuir para uma recuperação dos negócios locais

Bovespa: por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,55%, aos 56.812,54 pontos (BM&FBovespa/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 11h10.

São Paulo - Depois de cair nas duas primeiras sessões deste mês, a Bovespa acompanha a melhora do humor nos mercados internacionais nesta terça-feira, mas ainda sem forças para superar resistências no patamar dos 57 mil pontos.

A agenda econômica mais fraca do dia e a ausência de novidades no panorama político nos Estados Unidos e na Itália devem contribuir para uma recuperação dos negócios locais. Por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,55%, aos 56.812,54 pontos.

"Hoje, os mercados, que tinham caído ontem por causa de mudanças na China, sobem pela mesma razão", afirma, em comentário diário, o economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira.

Ele se refere ao anúncio feito por lideranças do país asiático, na abertura do Congresso Nacional do Povo, de que elevará os gastos e a dívida pública chineses para atingir a meta de crescimento econômico de 7,5% em 2013.

Em seu último discurso antes de transferir o cargo a seu sucessor, Li Keqiang, o primeiro-ministro, Wen Jiabao, disse que a China não pode crescer a qualquer custo e precisa melhorar o lado social, com reformas estruturais, além de questões referentes à poluição e à corrupção. A Bolsa de Xangai recuperou-se das fortes perdas do dia anterior e subiu 2,3%.

Entre os indicadores, o HSBC confirmou a queda do índice dos gerentes de compras (PMI) no setor de serviços no país asiático, interrompendo quatro meses seguidos de alta.


Já na Europa, a zona do euro registrou em janeiro a maior alta mensal das vendas no varejo desde abril de 2011 e uma queda menor que a esperada do índice PMI composto em fevereiro. No horário acima, a Bolsa de Frankfurt subia 1,69%. Já a Bolsa de Milão subia 1,77%, atentos à reunião de ministros de Finanças da União Europeia (Ecofin).

Em Wall Street, o futuro do S&P 500 avançava 0,27%, às 10h05, com os investidores monitorando as negociações entre Casa Branca e Congresso sobre os cortes orçamentários e à espera do único dado econômico previsto para o dia, o índice ISM de atividade do setor de serviços em fevereiro, às 12 horas.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) inicia a reunião de dois dias para decidir sobre a atualização da taxa básica de juros (Selic). Bandeira, da Órama, também chama atenção, no relatório, para as declarações feitas na segunda-feira (04) pela presidente Dilma Rousseff, em discurso em João Pessoa, de que "espirros no exterior não trazem pneumonia ao Brasil".

Para ele, o comentário da presidente contradiz o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, na semana passada, tinha atribuído o fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 ao desempenho da economia internacional. "A conclusão que chegamos é que o governo segue atrapalhado", conclui.

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São Paulo - Depois de cair nas duas primeiras sessões deste mês, a Bovespa acompanha a melhora do humor nos mercados internacionais nesta terça-feira, mas ainda sem forças para superar resistências no patamar dos 57 mil pontos.

A agenda econômica mais fraca do dia e a ausência de novidades no panorama político nos Estados Unidos e na Itália devem contribuir para uma recuperação dos negócios locais. Por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,55%, aos 56.812,54 pontos.

"Hoje, os mercados, que tinham caído ontem por causa de mudanças na China, sobem pela mesma razão", afirma, em comentário diário, o economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira.

Ele se refere ao anúncio feito por lideranças do país asiático, na abertura do Congresso Nacional do Povo, de que elevará os gastos e a dívida pública chineses para atingir a meta de crescimento econômico de 7,5% em 2013.

Em seu último discurso antes de transferir o cargo a seu sucessor, Li Keqiang, o primeiro-ministro, Wen Jiabao, disse que a China não pode crescer a qualquer custo e precisa melhorar o lado social, com reformas estruturais, além de questões referentes à poluição e à corrupção. A Bolsa de Xangai recuperou-se das fortes perdas do dia anterior e subiu 2,3%.

Entre os indicadores, o HSBC confirmou a queda do índice dos gerentes de compras (PMI) no setor de serviços no país asiático, interrompendo quatro meses seguidos de alta.


Já na Europa, a zona do euro registrou em janeiro a maior alta mensal das vendas no varejo desde abril de 2011 e uma queda menor que a esperada do índice PMI composto em fevereiro. No horário acima, a Bolsa de Frankfurt subia 1,69%. Já a Bolsa de Milão subia 1,77%, atentos à reunião de ministros de Finanças da União Europeia (Ecofin).

Em Wall Street, o futuro do S&P 500 avançava 0,27%, às 10h05, com os investidores monitorando as negociações entre Casa Branca e Congresso sobre os cortes orçamentários e à espera do único dado econômico previsto para o dia, o índice ISM de atividade do setor de serviços em fevereiro, às 12 horas.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) inicia a reunião de dois dias para decidir sobre a atualização da taxa básica de juros (Selic). Bandeira, da Órama, também chama atenção, no relatório, para as declarações feitas na segunda-feira (04) pela presidente Dilma Rousseff, em discurso em João Pessoa, de que "espirros no exterior não trazem pneumonia ao Brasil".

Para ele, o comentário da presidente contradiz o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, na semana passada, tinha atribuído o fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 ao desempenho da economia internacional. "A conclusão que chegamos é que o governo segue atrapalhado", conclui.

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