Hedge Funds elevam apostas de que a crise vai se alastrar
Expectativa é de que Itália, Portugal e Espanha sejam os próximos na lista
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2011 às 20h24.
São Paulo – Os hedge funds que negociam bônus e empréstimos estão elevando suas apostas de que a crise de dívida pública que afeta a Europa deve se expandir para Portugal, Espanha e Itália, mesmo apesar de a Grécia ter recebido recentemente um pacote de ajuda de 12 bilhões de euros.
“Nada do que vimos até agora tem tratado de solvência, mas sim de liquidez”, declarou Simon Finch, diretor de operações de crédito da CQS UK e que gerencia um fundo de hedge de 11 bilhões de dólares, em declaração à Bloomberg.
Finch está ampliando as apostas de queda em operadoras de telefonia móvel,pedágios de rodovias e no setor de serviços de Portugal, Espanha e Itália com a expectativa de que estas nações sejam forçadas a reduzir os gastos para pagar os credores, retardando o crescimento da economia e reduzindo os gastos dos consumidores.
O CQS é um dos fundos de hedge que sinaliza que os investidores estão subestimando as chances de um problema ou eventual calote não apenas contagiar Portugal, onde o rating soberano foi reduzido nesta semana para “junk” pela agência de classificação de risco Moody’s, mas também Espanha e Itália.
“Muitos fundos estavam relutantes em fazer grandes apostas contra a dívida europeia antes da aprovação pelo parlamento grego do pacote de ajuda”, declarou Omar Kodmani, diretor-executivo da Permal Investment Management, uma unidade da Legg Manson, em declaração à Bloomberg.
Mais apostas
“Estamos à beira de um colapso econômico que começa, vamos dizer, na Grécia, mas que poderia facilmente se espalhar”, declarou o megainvestidor bilionário George Soros durante evento em Viena em 26 de junho, citado pela Bloomberg.
O investidor estrategista Dennis Gartman, colunista do programa Fast Money, da rede de televisão norte-americana CNBC, afirmou nesta semana que a Grécia e seus vizinhos que formam os PIIGS (Portugal, Espanha, Irlanda e Itália) vão falir em até 18 meses.
Colaborador do Fast Money desde 2008, Gartman disse que, no curto prazo, os problemas de endividamento destes países serão contornados. Mas em um ano e meio, no máximo, todos os países vão sucumbir por não conseguir se livrar dos rombos da dívida pública.
Pacote de ajuda
No dia 29 de junho, o parlamento grego aprovou um novo pacote de austeridade, que inclui cortes pesados nos gastos públicos e aumento dos impostos. A aprovação das medidas era a condição imposta pela Zona do Euro à Grécia para que o país receba nova ajuda financeira de 110 bilhões de euros e evite um calote na dívida pública.
São Paulo – Os hedge funds que negociam bônus e empréstimos estão elevando suas apostas de que a crise de dívida pública que afeta a Europa deve se expandir para Portugal, Espanha e Itália, mesmo apesar de a Grécia ter recebido recentemente um pacote de ajuda de 12 bilhões de euros.
“Nada do que vimos até agora tem tratado de solvência, mas sim de liquidez”, declarou Simon Finch, diretor de operações de crédito da CQS UK e que gerencia um fundo de hedge de 11 bilhões de dólares, em declaração à Bloomberg.
Finch está ampliando as apostas de queda em operadoras de telefonia móvel,pedágios de rodovias e no setor de serviços de Portugal, Espanha e Itália com a expectativa de que estas nações sejam forçadas a reduzir os gastos para pagar os credores, retardando o crescimento da economia e reduzindo os gastos dos consumidores.
O CQS é um dos fundos de hedge que sinaliza que os investidores estão subestimando as chances de um problema ou eventual calote não apenas contagiar Portugal, onde o rating soberano foi reduzido nesta semana para “junk” pela agência de classificação de risco Moody’s, mas também Espanha e Itália.
“Muitos fundos estavam relutantes em fazer grandes apostas contra a dívida europeia antes da aprovação pelo parlamento grego do pacote de ajuda”, declarou Omar Kodmani, diretor-executivo da Permal Investment Management, uma unidade da Legg Manson, em declaração à Bloomberg.
Mais apostas
“Estamos à beira de um colapso econômico que começa, vamos dizer, na Grécia, mas que poderia facilmente se espalhar”, declarou o megainvestidor bilionário George Soros durante evento em Viena em 26 de junho, citado pela Bloomberg.
O investidor estrategista Dennis Gartman, colunista do programa Fast Money, da rede de televisão norte-americana CNBC, afirmou nesta semana que a Grécia e seus vizinhos que formam os PIIGS (Portugal, Espanha, Irlanda e Itália) vão falir em até 18 meses.
Colaborador do Fast Money desde 2008, Gartman disse que, no curto prazo, os problemas de endividamento destes países serão contornados. Mas em um ano e meio, no máximo, todos os países vão sucumbir por não conseguir se livrar dos rombos da dívida pública.
Pacote de ajuda
No dia 29 de junho, o parlamento grego aprovou um novo pacote de austeridade, que inclui cortes pesados nos gastos públicos e aumento dos impostos. A aprovação das medidas era a condição imposta pela Zona do Euro à Grécia para que o país receba nova ajuda financeira de 110 bilhões de euros e evite um calote na dívida pública.