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Fundos da Petrobras foram os que mais perderam em 2008

Queda ultrapassa 14%, mais que o dobro da verificada nos fundos indexados ao Ibovespa

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 10h45.

 Os investidores que aplicaram nos fundos de ações da Petrobras viram seus recursos encolherem cerca de 14% neste ano, até o dia 17 de março. De acordo com dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), a queda nos fundos com recursos do FGTS é de 14,09% em 2008, enquanto os fundos com recursos próprios contabilizam redução de 14,34%.</p> 

O percentual é mais que o dobro do registrado pelos fundos de ações indexados ao Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), que perderam 6,39% no período. Já os fundos de ações da Vale do Rio Doce com recursos do FGTS acumulam queda de 6,84%, enquanto os com recursos próprios apresentam redução de 7,02%.

A turbulência nas bolsas de valores de todo o mundo nas últimas semanas, desencadeada pela crise das hipotecas de alto risco ( subprime ) nos Estados Unidos, foi a principal responsável pelas fortes perdas nos fundos de ações. No caso dos fundos da Petrobras, a desvalorização ultrapassou 10% somente neste mês. A reação dos investidores foi imediata. Em apenas 17 dias, os fundos Petrobras com recursos do FGTS registraram 1 bilhão de reais em saques, enquanto o patrimônio líquido dos fundos com recursos próprios foi reduzido em 538,5 milhões de reais.

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Mas não foram só os fundos da Petrobras que perderam recursos em março. O segmento de fundos de ações perdeu 6 bilhões de reais no mês, enquanto o de multimercados registrou saída de mais 4,5 bilhões de reais.

Em compensação, os fundos DI tiveram captação positiva em 1,4 bilhão de reais no período, e os de renda fixa receberam mais 1,6 bilhão de reais. Nos fundos de curto prazo, os depósitos superaram os saques em 1,5 bilhão de reais nas primeiras duas semanas de março.

Para os especialistas, a alta volatilidade do mercado de capitais nos últimos dias exige dos investidores mais cautela ao investir. Na avaliação do professor de Finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA), Bolívar Godinho de Oliveira Filho, o investidor só deve manter aplicado em ações os recursos que não precisará utilizar no curto prazo.

Segundo o professor, o momento é propício para aplicações em fundos DI, já que eles se beneficiam de uma possível alta nos juros. No começo do mês, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), destacando que estudou a possibilidade de realizar um ajuste na taxa básica de juros (Selic) para evitar a inflação. No momento, no entanto, a instituição considerou desnecessário um aumento na taxa.

Para aqueles que dispõem de poucos recursos ou planejam utilizar o dinheiro em breve, a poupança é a opção mais indicada, diz Oliveira Filho, uma vez que não há a cobrança de taxa de administração nem de imposto de renda no investimento.

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