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Fundador do SoftBank "sonha" com portfólio de US$ 1,8 trilhão

Son lembrou aos acionistas como há 15 anos, no mesmo auditório, ele apresentou outra meta aparentemente improvável

Masayoshi Son: tenta mais do que nunca convencer investidores do potencial de seus investimentos em tecnologia (NurPhoto/Colaborador/Getty Images)

Karla Mamona

Publicado em 19 de junho de 2019 às 15h04.

Última atualização em 19 de junho de 2019 às 15h04.

(Bloomberg) -- O fundador do SoftBank Group, Masayoshi Son , tenta mais do que nunca convencer investidores do potencial de seus investimentos em tecnologia.

Em assembleia geral de acionistas realizada na quarta-feira, em Tóquio, Son compartilhou algumas impressionantes previsões até mesmo para o estilo sem rodeios do bilionário japonês. O valor da carteira de investimentos do SoftBank poderia crescer 33 vezes, para 200 trilhões de ienes (US$ 1,8 trilhão) em 20 anos, o equivalente a uma taxa de crescimento anual de 19%, segundo Son, que fez uma ressalva diante dos números nada convencionais.

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"Quero deixar claro que este não é um plano de negócios", disse. "É uma lorota."

A 39ª assembleia de acionistas do SoftBank contou com a presença de 2 mil investidores. Os comentários de Son provocaram risos e até indignação entre alguns diretores. O presidente da Fast Retailing, Tadashi Yanai, que faz parte do conselho do SoftBank e é a pessoa mais rica do Japão, pediu aos acionistas que fiquem de olho em Son "ou ele perderá o controle".

As projeções do bilionário incluem investimentos do Vision Fund. Mas até mesmo os analistas mais otimistas têm projeções muito mais modestas para esse portfólio. Chris Lane, do Sanford C. Bernstein, estimou recentemente o valor atual líquido dos fundos atuais e futuros entre US$ 50 bilhões a US$ 85 bilhões.

Son então lembrou aos acionistas como há 15 anos, no mesmo auditório, ele apresentou outra meta aparentemente improvável - um lucro de 1 a 2 trilhões de ienes para o Softbank. Na época, a empresa havia registrado prejuízo de mais de 100 bilhões de ienes. O lucro líquido anual do grupo ultrapassou 1 trilhão de ienes nos últimos três anos.

A mensagem de Son para os investidores é que, quando se trata de tecnologia, ele está à frente. O executivo foi um dos primeiros a reconhecer o potencial do comércio eletrônico e investir no gigante chinês Alibaba Group. O SoftBank também foi pioneiro ao introduzir o iPhone da Apple no Japão.

Agora, Son acredita que o mundo está prestes a embarcar em uma mudança tecnológica impulsionada pela inteligência artificial, que transformará todos os setores. Em sua opinião, o portfólio de unicórnios da empresa, que inclui o Uber Technologies e a WeWork, posiciona o SoftBank para colher o máximo de benefícios dessa transformação.

“Gostaria de ter tido dinheiro para fazer toneladas de investimentos no início da revolução da internet. Sabia o que estava por vir”, disse Son. "Iniciamos o Vision Fund no início da revolução da inteligência artificial."

Pelo menos alguns dos investidores presentes acreditaram no bilionário.

"Son gosta de se vangloriar, mas veja o que de fato conseguiu", disse Yasuhiro Suzuki, acionista da SoftBank há cerca de 20 anos. “Estive em muitas dessas reuniões, mas hoje Son parecia especialmente animado.”

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