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Frigoríficos citados por Delcídio desabam até 9% na Bolsa

STF homologa delação premiada do senador, que menciona JBS, Marfrig e Bertin em esquema de obtenção de crédito junto ao BNDES

Frigorífico da JBS: empresa foi citada em delação premiada (AFP)

Anderson Figo

Publicado em 16 de março de 2016 às 09h33.

São Paulo - As ações dos frigoríficos JBS ( JBSS3 ) e Marfrig ( MRFG3 ) fecharam em queda nesta terça-feira (15), colaborando com a baixa de 3,56% do Ibovespa na sessão.

Os papéis da JBS cederam 7,91%, para R$ 10,83 cada um. Durante o dia, eles chegaram a cair até 8,2%. Já a Marfrig terminou o pregão com desvalorização de 4,04%, a R$ 6,41, após ter registrado baixa de até 9,1% mais cedo.

Os tombos ocorreram depois que o STF (Superior Tribunal Federal) homologou a delação premiada do senador Delcídio do Amaral em que as companhias são citadas em um esquema de liberação de crédito do BNDES .

Segundo o senador, um dos intermediadores para que o banco de fomento liberasse crédito para as empresas JBS, Marfrig e Bertin teria sido José Carlos Bumlai.

Em nota, a Marfrig disse que "José Carlos Bumlai jamais intermediou qualquer operação financeira entre o BNDES e a companhia" e que "o único relacionamento existente entre a Marfrig e o Sr. José Carlos Bumlai foi, no passado, de fornecimento de gado para a empresa".

A Marfrig disse ainda que o fornecimento de gado à empresa de Bumlai foi encerrado em 2006, "não havendo, desde então, qualquer transação ou relacionamento de qualquer tipo com o Sr. José Carlos Bumlai", segundo a nota.

A JBS afirmou em nota que "o pecuarista [José Carlos Bumlai] nunca a representou, prestou serviços ou intermediou, de forma direta ou indireta, nenhuma operação junto ao BNDES, outras instituições financeiras ou qualquer órgão do setor público ou privado".

Segundo a empresa, "Bumlai consta no cadastro da JBS como fornecedor de gado, assim como outros mais de 70 mil pecuaristas, não tendo assim nenhuma relação adicional além dessa".

O braço de participações do BNDES ---BNDESpar--- é acionista de JBS e Marfrig. O banco de fomento também foi acionista do grupo Bertin, incorporado pela JBS em 2009.

São Paulo - As cinco empresas desta lista surfam o bom momento da Bolsa brasileira no curto prazo e já viram suas ações subirem mais de 40% desde o início de março. São produtoras de matérias-primas e estatais, que se beneficiaram do rali gerado por especulações em torno de uma possível troca de governo no Brasil . A ação preferencial da Usiminas ( USIM5 ) mais que dobrou de valor em meio mês, influenciada também por um aumento de capital de R$ 1 bilhão. Navegue pelas fotos e veja a lista completa.
  • 2. Usiminas (USIM5)

    2 /7(Divulgação)

  • Veja também

    SetorSiderúrgico
    Valorização no mês (até 14/03/16)105,56%
    Preço de fechamento em 14/03/16R$ 1,85
  • 3. Gerdau Metalúrgica (GOAU4)

    3 /7(Germano Luders/Exame)

  • SetorMetalúrgico
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  • 4. Banco do Brasil (BBAS3)

    4 /7(Divulgação/Banco do Brasil)

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    Preço de fechamento em 14/03/16R$ 22,20
  • 5. Gerdau (GGBR4)

    5 /7(Divulgação)

    SetorSiderúrgico
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  • 6. Petrobras (PETR4)

    6 /7(Bloomberg)

    SetorPetróleo e Gás
    Valorização no mês (até 14/03/16)43,97%
    Preço de fechamento em 14/03/16R$ 7,40
  • 7. Veja agora as ações que vão se dar bem em caso de impeachment

    7 /7(Ueslei Marcelino / Reuters)

  • Acompanhe tudo sobre:AçõesAlimentos processadosBertinBNDESCarnes e derivadosCréditoDelcídio do AmaralEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasIndústriaJBSMarfrig

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