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Fitch eleva Brasil a grau de investimento

Agência segue o modelo da Standard & Poor´s e coloca o Brasil no grupo dos países de menor risco de calote

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 10h33.

A agência classificadora de risco Fitch concedeu nesta quinta-feira (29/5) o título de grau de investimento ao Brasil, indicando que o país está entre os que apresentam menor risco de calote. A melhora na nota acontece exatamente um mês após a Standard & Poor´s (S&P)  ter promovido o país ao grupo dos que apresentam melhores condições para investimento.

Assim como a concorrente, a Fitch elevou o rating do Brasil de BB+ para BBB-. Os rumores de que a Fitch melhoraria a classificação de risco do país já circulavam no mercado desde o início da semana, e foram um dos fatores responsáveis pela alta de 3% no Índice da Bolsa de valores de São Paulo (Bovespa) ontem. A confirmação, no entanto, não teve grande impacto nos negócios até o momento. Às 16h27, o Ibovespa reduzia as perdas no dia, mas continuava em terreno negativo, caindo 1,34%, para os 72.175 pontos.

A reação está sendo bastante distinta à verificada no dia 30 de abril, quando a S&P elevou o Brasil a grau de investimento. Na ocasião, o Ibovespa subiu mais de 6% e bateu recorde de pontos pela primeira vez no ano.

O título é importante por seu impacto potencial nos investimentos estrangeiros no Brasil. A classificação de risco é uma ferramenta usada pelos investidores na hora de decidir onde irão aplicar o dinheiro. As notas concedidas pelas agências indicam qual é o risco de calote para o aplicador. Até a nota "BB+" os países são considerados "grau especulativo". São, portanto, mais arriscados.

Um reflexo da melhora na classificação de risco do país é a tendência de aumento no fluxo de aplicações estrangeiras. Isso porque muitos fundos de pensão estrangeiros têm em seus regulamentos uma cláusula que os impede de investir em países que não possuem o selo "grau de investimento".  Estima-se que os fundos de pensão detenham cerca de 25 trilhões de dólares para aplicar, mas ninguém sabe quanto desse bolo poderá chegar até o Brasil. Entre os dias 1º e 23 de maio, os estrangeiros colocaram na Bovespa 1,425 bilhão de reais.

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