Fitch atribui rating BBB à emissão da Petrobras
A nota foi a mesma dada para a emissão feita pela estatal em euro e libra em janeiro
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2014 às 13h41.
Rio - A agência classificadora de risco Fitch Ratings atribuiu a classificação "BBB" à emissão de US$ 8,5 bilhões em bônus realizada na segunda-feira, 10, pela Petrobras . A nota foi a mesma dada para a emissão feita pela estatal em euro e libra em janeiro.
A Fitch disse que os indicadores de crédito da companhia "deverão se enfraquecer nos próximos dois a três anos, devido a seu agressivo programa de investimentos, combinado ao seu atual déficit comercial".
"Embora os indicadores de crédito tenham se deteriorado, eles permanecem compatíveis com as expectativas da Fitch", afirmou.
A agência disse que uma ação de rating negativa "poderá ocorrer em caso de rebaixamento do soberano ou da percepção de menor vínculo entre o governo e a Petrobras, e/ou de significativo enfraquecimento da qualidade de crédito individual da companhia, sem que haja apoio do governo". Em sentido contrário, "uma ação de rating positiva em relação ao Brasil poderá se refletir em uma ação de rating positiva na Petrobras".
De acordo com a agência, os ratings da Petrobras se baseiam em sua liderança no mercado energético brasileiro, na reconhecida experiência da companhia em exploração e produção (E&P) marítima de petróleo e em sua importância estratégica para o Brasil (IDR - Issuer Default Rating (Rating de Probabilidade de Inadimplência do Emissor) de Longo Prazo "BBB", com perspectiva estável).
A Fitch destacou que a Petrobras tem significativo potencial de crescimento, tanto na produção quanto nas reservas de petróleo. A agência acredita que a Petrobras enfrentará "vários desafios para atingir" metas de produção de óleo e refino pontualmente, devido às dificuldades para assegurar equipamentos críticos, atender aos compromissos de conteúdo local e obter financiamentos externos relevantes.
A classificadora acredita que a Petrobras registrará fluxo de caixa livre (FCF) negativo nos próximos cinco anos e maior alavancagem, "à medida que continue implementando seu forte programa de investimentos".
"A relevância do déficit deste fluxo de caixa também será influenciada pelas políticas de preços dos produtos refinados no mercado local, que estão abaixo dos preços internacionais", disse.
Considerando a referência de preços da Fitch, a agência acredita que a necessidade de empréstimos da Petrobras será superior aos US$ 12,0 bilhões por ano considerados no plano de negócios da companhia até 2018. O preço de referência do Brent da Fitch é de US$ 96 por barril em 2014; US$ 88,5 por barril em 2015; e US$ 80 por barril a longo prazo.
A agência acredita que a Petrobras enfrentará desafios para atingir suas metas de aumento da produção, ao mesmo tempo em que mantém seus indicadores de crédito dentro de suas metas, incluindo o índice máximo de dívida líquida/capitalização de 35% e o índice dívida líquida/Ebitda de 2,5 vezes.
"Os indicadores de crédito deverão se recuperar, à medida que a companhia monetize cada vez mais suas grandes reservas de petróleo e que os preços locais dos produtos refinados se alinhem aos internacionais. Além disso, as iniciativas da Petrobras para reduzir e controlar custos devem impactar positivamente sua geração de caixa", disse em relatório.
Rio - A agência classificadora de risco Fitch Ratings atribuiu a classificação "BBB" à emissão de US$ 8,5 bilhões em bônus realizada na segunda-feira, 10, pela Petrobras . A nota foi a mesma dada para a emissão feita pela estatal em euro e libra em janeiro.
A Fitch disse que os indicadores de crédito da companhia "deverão se enfraquecer nos próximos dois a três anos, devido a seu agressivo programa de investimentos, combinado ao seu atual déficit comercial".
"Embora os indicadores de crédito tenham se deteriorado, eles permanecem compatíveis com as expectativas da Fitch", afirmou.
A agência disse que uma ação de rating negativa "poderá ocorrer em caso de rebaixamento do soberano ou da percepção de menor vínculo entre o governo e a Petrobras, e/ou de significativo enfraquecimento da qualidade de crédito individual da companhia, sem que haja apoio do governo". Em sentido contrário, "uma ação de rating positiva em relação ao Brasil poderá se refletir em uma ação de rating positiva na Petrobras".
De acordo com a agência, os ratings da Petrobras se baseiam em sua liderança no mercado energético brasileiro, na reconhecida experiência da companhia em exploração e produção (E&P) marítima de petróleo e em sua importância estratégica para o Brasil (IDR - Issuer Default Rating (Rating de Probabilidade de Inadimplência do Emissor) de Longo Prazo "BBB", com perspectiva estável).
A Fitch destacou que a Petrobras tem significativo potencial de crescimento, tanto na produção quanto nas reservas de petróleo. A agência acredita que a Petrobras enfrentará "vários desafios para atingir" metas de produção de óleo e refino pontualmente, devido às dificuldades para assegurar equipamentos críticos, atender aos compromissos de conteúdo local e obter financiamentos externos relevantes.
A classificadora acredita que a Petrobras registrará fluxo de caixa livre (FCF) negativo nos próximos cinco anos e maior alavancagem, "à medida que continue implementando seu forte programa de investimentos".
"A relevância do déficit deste fluxo de caixa também será influenciada pelas políticas de preços dos produtos refinados no mercado local, que estão abaixo dos preços internacionais", disse.
Considerando a referência de preços da Fitch, a agência acredita que a necessidade de empréstimos da Petrobras será superior aos US$ 12,0 bilhões por ano considerados no plano de negócios da companhia até 2018. O preço de referência do Brent da Fitch é de US$ 96 por barril em 2014; US$ 88,5 por barril em 2015; e US$ 80 por barril a longo prazo.
A agência acredita que a Petrobras enfrentará desafios para atingir suas metas de aumento da produção, ao mesmo tempo em que mantém seus indicadores de crédito dentro de suas metas, incluindo o índice máximo de dívida líquida/capitalização de 35% e o índice dívida líquida/Ebitda de 2,5 vezes.
"Os indicadores de crédito deverão se recuperar, à medida que a companhia monetize cada vez mais suas grandes reservas de petróleo e que os preços locais dos produtos refinados se alinhem aos internacionais. Além disso, as iniciativas da Petrobras para reduzir e controlar custos devem impactar positivamente sua geração de caixa", disse em relatório.