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FGC termina primeiro semestre com patrimônio de R$ 100,7 bilhões

O resultado do FGC é 7,9% superior ao obtido no mesmo período no ano passado, quando a liquidez passou de 2,11% para 2,20% dos depósitos elegíveis

FGC: a instituição ajuda com a proteção aos investidores e depositários (Patricia Monteiro/Bloomberg via/Getty Images)
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Roberto Bodetti

Publicado em 20 de setembro de 2022 às 13h39.

Última atualização em 20 de setembro de 2022 às 13h47.

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) , comunicou ao mercado nesta terça-feira, 20, que encerrou o primeiro semestre do ano com um patrimônio total de R$ 100,7 bilhões, resultado 7,9% superior à quantia inicial do período em dezembro de 2021, quando o patrimônio do fundo era de R$ 93,3 bilhões.

Ao mesmo tempo, a liquidez do FGC cresceu de 2,11% para 2,20% em relação ao total de depósitos elegíveis. Ao todo, o Fundo passou de R$ 71,5 bilhões para R$ 78,7 bilhões, cerca de 10% de crescimento.

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Além disso, a receita financeira do FGC aumentou de R$ 1,3 bilhão para 5,2 bilhões nos últimos 12 meses, um crescimento de 304,98%. O aumento expressivo é explicado pela elevação da taxa básica de juro da economia brasileira, a Selic.

O diretor-executivo do fundo, Daniel Lima, falou sobre como a liquidez do FGC tem reagido nos últimos anos.

“Temos observado uma recomposição gradativa do índice de liquidez do FGC, conforme nossas análises de riscos apontavam ao final de 2020. Vale lembrar que o índice de liquidez havia recuado para 1,95% em dezembro de 2020, em virtude do aumento expressivo das captações de depósitos elegíveis pelos bancos e financeiras logo nos primeiros meses da pandemia. Contar com uma liquidez robusta, atualmente de quase R$ 80 bilhões, é condição fundamental para que o FGC desempenhe com eficácia o seu papel na rede de proteção do sistema financeiro nacional”, afirma Lima.

No mês de junho de 2022, data oficial para o fechamento do relatório do primeiro semestre, os depósitos à garantia totalizavam R$ 3,5 trilhões, segundo o Censo Mensal. O número representa um crescimento de 5,38% se comparado com o saldo obtido em dezembro de 2021.

Quanto aos saldos em poupanças e contas-correntes, o números sofreram um recuo de 2,11% e 8,34% respectivamente, ao mesmo tempo que os saldos em LCI e LCA apresentaram um crescimento de 47,76% e 26,39% respectivamente.

É importante ressaltar que de modo geral, 99,7% dos clientes das instituições que são associadas ao FGC estão completamente cobertos pela garantia ordinária de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição financeira ou conglomerado.

Ao todo, são 456 milhões de contas e depósitos cobertos de forma total em relação ao valor depositado, sendo que uma pessoa física ou jurídica pode ser contada mais de uma vez sempre que houverem depósitos ou investimentos em mais de uma associada.

Por conta disso, é importante ressaltar que existe um limite de R$ 1 milhão para as garantias ordinárias em períodos de 4 anos, além do fato de que o FGC não tem acesso aos dados dos clientes das instituições.

O que é o FGC?

Fundado em 1995, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma associação sem fins lucrativos que atua na proteção dos depositantes e investidores das associações que são afiliadas ao Fundo. O respaldo ao investidor funciona por meio de pagamentos de garantias no caso de liquidação ou intervenção das instituições associadas ao fundo.

Além disso, o FGC também pode realizar operações de assistência de liquidez ou estrutural às instituições financeiras associadas.

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