Fed, Banco Central, Banco da Inglaterra e Banco do Japão definem juros nesta semana
Expectativa é para o início de um movimento de queda dos juros nos EUA
Repórter colaborador
Publicado em 16 de setembro de 2024 às 08h40.
Última atualização em 17 de setembro de 2024 às 08h05.
A semana promete ser agitada para alguns dos principais bancos centrais do mundo. Investidores já começam a se preparar para o movimento de taxas de juros que serão definidos nos próximos dias.
Claro que o foco da atenção estará no Federal Reserve, que deve iniciar um ciclo de corte nos juros. A reunião para definir isso acontece na quarta-feira. A grande questão entre os investidores é definir o quanto será cortadoAté o momento, investidores acreditam que o Fed diminua em 0,25%, embora uma corrente acredite que o corte seja de 0,5%.
O Brasil também tem reunião do Copom. Alguns investidores estrangeiros estão apostando mais numa subida de juros por aqui. “Esperamos que o Banco Central aumente a taxa Selic em 0,25%, para 10,75%, e a leve para 11,50% até o final de 2024”, disse Wilson Ferrarezi, economista da TS Lombard, em nota de pesquisa publicada em 11 de setembro. “Mais aumentos de taxas em 2025 não podem ser descartados e dependerão da força da atividade doméstica no último trimestre do ano”, acrescentou. O Brasil registrou um crescimento acima dos expectativas no último trimestre, mas a preocupação com a inflação é crescente também.
Outro BC importante que tem reunião nesta semana é o do Reino Unido. É improvável, porém que o Banco da Inglaterra corte juros na reunião de quinta-feira - a taxa por lá hoje está em 5%. No início do mês passado, o BC do Reino Unido realizou seu primeiro corte nos juros em mais de quatro anos.
No Japão, a expectativa é pela manutenção dos juros, 0,25%, embora a maioria dos economistas entrevistados pela Reuters espere um aumento até o final do ano.
A semana ainda terá reuniões do BC da Noruega na quinta-feira - a expectativa é que a taxa se mantenha nos 4,5%, sendo que o próprio órgão disse que "provavelmente será mantida nesse nível por algum tempo" (a maior em 16 anos).
E na África do Sul o BC local deve cortar os juros pela primeira vez desde o início da pandemia.