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Exterior piora e Bovespa volta a perder os 60 mil pontos

Com isso, o Ibovespa encerrou o dia com declínio de 0,59%, aos 59.733,90 pontos

A Bolsa completa neste ano 10 anos de seu programa de popularização, ajudando agora o pequeno investidor (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2012 às 17h50.

São Paulo - Os 60 mil pontos duraram pouco tempo e a Bovespa perdeu esse patamar logo no início da sessão desta quinta-feira mantendo-se em terreno negativo durante todo o pregão. Mais uma vez, os fatores externos foram usados como motivo para justificar o movimento de queda. Embora a China e os Estados Unidos tenham divulgados dados considerados bons, a expectativa com a cúpula da União Europeia, no fim de semana, e alguns balanços corporativos decepcionantes no exterior, levaram as bolsas de Nova York a terminarem o dia no vermelho.

Internamente, a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), consolidando que o processo de queda da taxa básica, a Selic, terminou, contribuiu para derrubar as ações do setor de construção. As blue chips - Vale e Petrobras - também amargaram perdas.

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Com isso, o Ibovespa encerrou o dia com declínio de 0,59%, aos 59.733,90 pontos. Os ganhos acumulados no mês e no ano foram reduzidos para 0,94% e 5,25%, respectivamente. Na mínima, o índice atingiu 59.322 pontos (-1,27%) e, na máxima, ficou estável, em 60.087 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 7,090 bilhões.

Para o operador institucional da Renascença Corretora, Luiz Roberto Monteiro, não há motivos para a Bolsa se manter nos 60 mil pontos e nem para subir. "As economias chinesas, europeia e dos Estados Unidos continuam fracas e, aqui no Brasil, o governo interfere em todos os setores. Tem motivo para a Bolsa subir?", questionou o profissional, lembrando que a última vez que a Bolsa deu uma arrancada foi quando ocorreu o anúncio do terceiro afrouxamento quantitativo (QE3) nos EUA. "O QE3 melhorou por um tempo, mas não teve mais nada depois disso", ponderou.


As ações da Vale reduziram as perdas ao longo da tarde, depois de caírem mais de 1% durante a manhã. O papel ON terminou com declínio de 0,48% e o PNA, -0,50%. Na quarta-feira a empresa informou que o balanço da produção no terceiro trimestre ficou praticamente em linha com o esperado pelo mercado. O preço do minério de ferro, no entanto, continua sendo o principal ponto de preocupação dos investidores, já que a queda da commodity deve impactar negativamente no balanço da mineradora referente ao terceiro trimestre, que será divulgado na próxima semana.

Os papéis da Petrobras terminaram o dia em direções distintas. O papel ON subiu 0,21% e o PN caiu 0,53%. Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento em novembro encerrou com recuo de 0,02%, a US$ 92,10 o barril.

A maioria das empresas do setor de construção terminou o dia em queda, refletindo a sinalização do Banco Central de que a Selic seguirá em 7,25% ao ano por um longo período. O setor é altamente dependente de crédito. O papel ON da MRV caiu 3,17%, Rossi Residencial ON (-1,60%) e Tecnisa ON (-0,81).

Já os bancos, que geralmente sobem quando não há queda de juro, mudaram de direção e também recuaram. A exceção ficou por conta do Bradesco (+0,75%), que divulga balanço do terceiro trimestre nos próximos dias. O mercado está otimista de que o resultado será melhor do que o verificado no trimestre anterior. Itaú Unibanco PN caiu 0,27%, BB ON (-0,61%) e units do Santander (-0,67%)

As ações ON da B2W caíram 8,54% e lideram as perdas do Ibovespa, refletindo notícias veiculadas na imprensa internacional, de que a Amazon.com estaria em conversações para comprar a Saraiva SA Livreiros Editores. Saraiva PN perdeu 0,36%.

Já o lado positivo do índice foi liderado por JBS ON (+3,59%). Os papéis subiram influenciados pelo balanço da Minerva, que apresentou expansão de 33% no lucro líquido no terceiro trimestre ante o mesmo intervalo do ano passado, para R$ 20,6 milhões.

Em Nova York, o índice Dow Jones perdeu 0,06%, o S&P 500 recuou 0,24% e o Nasdaq, -1,01%.

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