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Exterior fraco deve limitar mercado financeiro brasileiro

Risco de um eventual rebaixamento da nota do Brasil segue no radar dos investidores, outro fator que tende a inibir o apetite nesta reta final de 2017

B3: agentes monitoram em especial a S&P Global Ratings, que não realiza avaliações de países em ano eleitoral e pode liderar o rebaixamento da nota brasileira (Germano Lüders/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de dezembro de 2017 às 10h35.

São Paulo - A falta de vigor dos mercados internacionais nesta quarta-feira, 27, deve limitar os negócios no Brasil, enquanto os investidores acompanham nova ofensiva do governo mirando a aprovação da reforma da Previdência no ano que vem.

O risco de um eventual rebaixamento da nota de crédito do Brasil segue no radar dos investidores, outro fator que tende a inibir o apetite nesta reta final de 2017.

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Os agentes monitoram em especial a S&P Global Ratings, porque que a agência de classificação não realiza avaliações de países em ano eleitoral e, desta forma, lideraria o movimento após o fracasso do Planalto na tentativa de aprovar as mudanças nas regras de pensões e aposentadorias no País neste ano.

Sobre a reforma previdenciária, o governo reforça os sinais de que não desistiu e a ideia é que a contagem de votos seja retomada por volta de 15 de janeiro, segundo o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun.

Ele admitiu inclusive que o Palácio do Planalto está pressionando os governadores e prefeitos a trabalhar a favor da aprovação da proposta em troca da liberação de recursos do governo federal e financiamentos de bancos públicos, como a Caixa.

Enquanto isso, o presidente Michel Temer tenta deslocar as atenções para a economia, após dados mostrarem que as vendas do Natal no País tiveram o melhor desempenho desde 2010, revertendo três anos consecutivos de retração.

Nesse sentido, o presidente assinou Medida Provisória que reduz para 60 anos a idade mínima para o saque do PIS/Pasep, recurso que injetará R$ 23,6 bilhões na economia.

Nos mercados, o fato de o "fantasma" do rebaixamento estar rondando as mesas não impediu a Bovespa de emplacar o quarto pregão de ganhos na terça-feira, com a ajuda de um salto do petróleo para US$ 60 o barril em Nova York, mas nesta quarta-feira, a fraqueza das praças lá fora pode atrapalhar o rali.

Caged é destaque

A agenda doméstica desta quarta-feira tem como destaque os dados de novembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O País deve ter registrado o oitavo mês de geração de vagas de trabalho formal, conforme as estimativas coletadas pela Agência Estado.

O intervalo esperado vai de abertura de 8 mil a 90 mil vagas, gerando mediana de 23.800 postos.

Entre os eventos previstos, o presidente Michel Temer participa de cerimônia no Porto de Açu (RJ) e depois reúne-se com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para traçar estratégia em busca de votos para a reforma da Previdência.

Exterior tem dado de confiança do consumidor dos EUA

Na agenda internacional, serão conhecidos o dado de confiança do consumidor de dezembro apurado pelo Conference Board e os números de vendas de imóveis pendentes em novembro.

Ainda hoje, a associação de refinarias API divulga seu relatório semanal de estoques de petróleo.

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