EXAME Research recomenda compra de JHSF, vendo potencial de alta de pelo menos 46%
Preço-alvo de R$ 11,40 para ação considera premissas conservadoras, dizem analistas; adicionando parte do Catarina Town, potencial de valorização pode chegar a 89%
Paula Barra
Publicado em 4 de janeiro de 2021 às 17h12.
Última atualização em 4 de janeiro de 2021 às 18h45.
A EXAME Research iniciou nesta segunda-feira, 4, cobertura das ações da JHSF (JHSF3), dona de empreendimentos voltados para a alta renda, como o shopping Cidade Jardim, Fasano Cidade Jardim e Boa Vista Village, com recomendação de compra e preço-alvo para este ano em 11,40 reais, o que implica um potencial de valorização de 46% frente ao último fechamento. Para os analistas Bruno Lima e Luis Fernando Mollo, que assinam o relatório, os papéis da companhia, que fecharam 2020 com alta de 9,24%, ainda estão muito descontados em Bolsa, enquanto oferecem grande potencial de crescimento nos segmentos de incorporação e aeroporto executivo.
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Segundo eles, aos preços atuais (de 7,81 reais, registrados no fechamento da última quarta-feira, 30), o mercado está pagando apenas pelo segmento de shoppings da companhia, que em suas contas vale cerca de 4,41 reais por papel, e parte de incorporação, avaliada em cerca de 3,40 reais por ação, considerando um terço do Catarina Town e dois terços do Boa Vista Village. Ficam de fora, dizem, mais de 18 bilhões de reais em lançamentos e a totalidade dos segmentos de hotéis e restaurantes e aeroporto.
Os analistas ressaltam que, para chegar ao preço-alvo de 11,40 reais para o papel, fizeram alguns descontos relevantes nas projeções, principalmente no segmento de incorporação que traz riscos de execução dos projetos. Em seus cálculos, comentam, não foram considerados aproximadamente 15 bilhões de reais em lançamentos, dois terços do Catarina Town (avaliado em 10 bilhões de reais) e o empreendimento EMAE, de 2,7 bilhões de reais.
Para dar uma ideia sobre o desconto, eles apontam que, adicionando 5 bilhões de reais do Catarina Town com lançamento em 2026, elevariam o preço-alvo em 3,40 reais, o que puxaria a meta para a ação para 14,80 reais, dando um potencial de valorização de 89%.
Além disso, os analistas comentam que, tendo em vista a evolução que colocaram nos cálculos para outros segmentos da empresa, podem se surpreender ainda com o resultado operacional da companhia já no quarto trimestre de 2020.
Nesta sessão, as ações da JHSF caem 4,81%, sendo cotadas em 7,44 reais, acompanhando o movimento negativo do setor, que recua em meio a temores de novas medidas de restrição para conter os avanços da pandemia.
Entre os riscos da tese de investimentos em JHSF, eles citam: segunda onda de coronavírus, que pode reduzir novamente a mobilidade; demora na retomada do fluxo de pessoas nos shoppings, hotéis e restaurantes; execução no lançamento de novos empreendimentos e execução da expansão de shoppings e do aeroporto executivo.