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Ex-operador do Goldman Sachs escondeu US$ 8 bi em futuros

Matthew Taylor admitiu na Justiça que escondeu operações em 2007, provocando um prejuízo de US$ 118 milhões

Traders se reúnem em posto do Goldman Sachs na bolsa de Nova York: banco quer ampliar os negócios no país e aumentar o número de empresas clientes (Brendan McDermid/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 11h19.

São Paulo - Um ex-operador de mercados do banco americano Goldman Sachs , Matthew Taylor, admitiu na Justiça que escondeu US$ 8 bilhões em operações em 2007, ultrapassando em dez vezes o limite dado pela instituição e provocando um prejuízo de US$ 118 milhões.

Segundo a agência Bloomberg, Taylor, de 34 anos, admitiu a culpa em uma corte federal de Manhattan, Nova York e confessou ter mentido aos superiores sobre as posições. O juiz contestou, porém, o pedido de indenização do banco, de US$ 1 bilhão a US$ 2,5 bilhões em lugar dos US$ 118 milhões reconhecidos pelo Goldman. O operador foi liberado após pagar US$ 750 mil de fiança. Ele pode pegar 20 anos de prisão pelo crime de fraude financeira.

Taylor teria driblado o sistema de controle interno da Goldman na Bolsa de Mercadorias de Chicago e registrado manualmente em outro sistema várias operações em mercados futuros.

Fraudes em série

Essa não é a primeira vez que grandes bancos são surpreendidos por falhas em seus controles de operações no mercado. Nos anos 90, Nick Leeson deu um prejuízo de US$ 1,4 bilhões ao inglês Baring que levou à quebra do banco. Mais recentemente, em 2008, Jerome Kerviel provocou perdas de US$ 6 bilhões Société Générale.

Em 2011, Kweku Abodoli deixou um rombo de US$ 2 bilhões no suíço UBS. O tamanho das perdas leva analistas a questionarem os sistemas de controle operacional dos grandes bancos, se eles realmente funcionam.

Grandes planos no Brasil

No Brasil, o presidente mundial da Goldman, Gary Cohn, afirmou hoje, em entrevista coletiva a várias agências de notícias, que quer ampliar os negócios no país e aumentar o número de empresas clientes, de 200 para 300.

O banco, que já ensaiou várias vezes nos últimos dez anos aumentar sua presença no Brasil e depois voltou atrás, trocando grande parte de sua equipe, fechou a área de gestão de recursos no fim do ano passado e depois anunciou que estava dobrando o capital da subsidiária local para R$ 800 milhões. Cohn afirmou que pretende contratar mais 50 profissionais para a operação brasileira, que já conta com 300 pessoas.

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Segundo a agência Bloomberg, Taylor, de 34 anos, admitiu a culpa em uma corte federal de Manhattan, Nova York e confessou ter mentido aos superiores sobre as posições. O juiz contestou, porém, o pedido de indenização do banco, de US$ 1 bilhão a US$ 2,5 bilhões em lugar dos US$ 118 milhões reconhecidos pelo Goldman. O operador foi liberado após pagar US$ 750 mil de fiança. Ele pode pegar 20 anos de prisão pelo crime de fraude financeira.

Taylor teria driblado o sistema de controle interno da Goldman na Bolsa de Mercadorias de Chicago e registrado manualmente em outro sistema várias operações em mercados futuros.

Fraudes em série

Essa não é a primeira vez que grandes bancos são surpreendidos por falhas em seus controles de operações no mercado. Nos anos 90, Nick Leeson deu um prejuízo de US$ 1,4 bilhões ao inglês Baring que levou à quebra do banco. Mais recentemente, em 2008, Jerome Kerviel provocou perdas de US$ 6 bilhões Société Générale.

Em 2011, Kweku Abodoli deixou um rombo de US$ 2 bilhões no suíço UBS. O tamanho das perdas leva analistas a questionarem os sistemas de controle operacional dos grandes bancos, se eles realmente funcionam.

Grandes planos no Brasil

No Brasil, o presidente mundial da Goldman, Gary Cohn, afirmou hoje, em entrevista coletiva a várias agências de notícias, que quer ampliar os negócios no país e aumentar o número de empresas clientes, de 200 para 300.

O banco, que já ensaiou várias vezes nos últimos dez anos aumentar sua presença no Brasil e depois voltou atrás, trocando grande parte de sua equipe, fechou a área de gestão de recursos no fim do ano passado e depois anunciou que estava dobrando o capital da subsidiária local para R$ 800 milhões. Cohn afirmou que pretende contratar mais 50 profissionais para a operação brasileira, que já conta com 300 pessoas.

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