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Europa fecha em queda com receio sobre Irlanda e China

Por Álvaro Campos Londres - As bolsas europeias fecharam em forte queda, com os setores financeiro e de mineração sendo particularmente prejudicados pelos receios em relação à economia chinesa e pela incerteza sobre se a Irlanda aceitará ou não um pacote de resgate internacional. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 6,38 pontos […]

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2010 às 15h37.

Por Álvaro Campos

Londres - As bolsas europeias fecharam em forte queda, com os setores financeiro e de mineração sendo particularmente prejudicados pelos receios em relação à economia chinesa e pela incerteza sobre se a Irlanda aceitará ou não um pacote de resgate internacional. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 6,38 pontos (2,34%), a 265,98 pontos.

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A Irlanda está sendo pressionada por alguns membros da União Europeia a aceitar um pacote de resgate, mas o primeiro-ministro do país, Brian Cowen, disse em um pronunciamento, após o fechamento dos mercados, que não solicitou ajuda externa. Ao chegar à reunião dos ministros de Finanças da zona do euro, o líder do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, disse que a UE poderia fornecer suporte para os bancos irlandeses, em vez de ajudar o governo do país. A Bolsa de Dublin perdeu 38,73 pontos (1,44%), fechando a 2.658,32 pontos.

Hoje, um comunicado do governo chinês citando o primeiro-ministro Wen Jiabao afirmou que o Conselho de Estado está elaborando medidas para conter os rápidos aumentos dos preços no país. Além disso, o porta-voz do Ministério do Comércio, Yao Jian, disse que a China vai intensificar a fiscalização da entrada de investimento estrangeiro direto (IED) e prestar especial atenção aos fluxos de dinheiro especulativo em certos setores sensíveis da economia, como o mercado imobiliário. Existem especulações de que o país poderia elevar sua taxa básica de juros em breve.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou com queda 138,51 pontos (2,38%), a 5.681,90 pontos. "Receios sobre a questão da dívida da Irlanda têm potencial para piorar ainda mais, enquanto as expectativas de que a China adote novas medidas para moderar o crescimento também estão preocupando o mercado", comentou a IG Index. As mineradoras foram as mais prejudicadas (Anglo American -4,92%, Antofagasta -5,49%, BHP Billiton -3,66%, Fresnillo -6,33%, Kazakhmys -6,14%, Rio Tinto -4,84% e Xstrata -5,10%). A petroleira BP perdeu 2,91%. Entre os bancos, o Barclays teve desvalorização de 3,06%, o HSBC caiu 2,46% e o Lloyds recuou 4,68%.

Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX-30 perdeu 126,93 pontos (1,87%), fechando a 6.663,24 pontos. As ações da mineradora Kali & Salz Beteiligungs perderam 3,10%. A Lufthansa também registrou retração de 3,10%. A siderúrgica ThyssenKrupp recuou 2,84%. A Siemens teve queda de 2,47%. No campo positivo, a Infineon, do setor de tecnologia, ganhou 4,24%, após divulgar seu balanço do trimestre encerrado no dia 30 de setembro. A companhia teve lucro líquido de 390 milhões de euros, ante 11 milhões de euros no mesmo período do ano passado.

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, recuou 101,77 pontos (2,63%), para 3.762,47 pontos, em uma sessão com baixo volume de negócios. O setor financeiro teve um dos piores desempenhos (Société Générale -4,48%, Crédit Agricole -4,51%, AXA -4,95% e Natixis -4,67%). Ações ligadas ao setor de matérias-primas também foram mal. A ArcelorMittal caiu 4,55%, a petroleira Total perdeu 3,32% e a Technip, que presta serviços para a indústria de petróleo, teve retração de 4,26%. A EADS registrou queda de 4,66%. Hoje o vice-presidente sênior do grupo, Sam Adcock, afirmou que o governo dos EUA só deve decidir o resultado de uma licitação de US$ 35 bilhões - na qual a empresa está participando - no ano que vem, e não mais este ano, como era esperado anteriormente.

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou com retração de 254,30 pontos (2,46%), a 10.095,40 pontos. O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, teve queda de 430,20 pontos (2,05%), a 20.563,07 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 perdeu 43,42 pontos (0,55%), fechando a 7,782,05 pontos. As informações são da Dow Jones.

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