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Euro cai com dados ruins da indústria e do desemprego

Em seu pior momento, a moeda única europeia chegou a cair a US$ 1,2824, depois de a Markit divulgar que a indústria do bloco se contraiu em março

Às 9h27 (de Brasília), o euro era negociado a US$ 1,2837, ante US$ 1,2850 no fim da tarde da segunda-feira (1), e recuava também para 119,59 ienes, de 119,86 ienes (Gallup/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 10h23.

Londres - O euro recua ante o dólar na sessão europeia desta terça-feira, após uma série de dados desanimadores sobre a atividade industrial e desemprego tornar evidente a fragilidade da economia da zona do euro.

Em seu pior momento, a moeda única europeia chegou a cair a US$ 1,2824, depois de a Markit divulgar que a indústria do bloco se contraiu em março no ritmo mais intenso em três meses.

O resultado da indústria espanhola também veio particularmente fraco, com a maior contração na atividade em cinco meses. Já a Irlanda, que é tida como um caso bem-sucedido após o resgate de 2010, registrou seu primeiro forte recuo na atividade manufatureira em 13 meses.

Também pesa no mercado de câmbio o último número de desemprego da zona do euro, que permaneceu no nível recorde de 12% em fevereiro.

Segundo analistas, os investidores parecem estar cautelosos antes do anúncio de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira (4).

O presidente do BCE, Mario Draghi, deverá ser pressionado a falar sobre o pacote de resgate do Chipre, que afetou a confiança na zona do euro e destacou a luta da região para tirar as economias mais fracas da recessão.


Alguns participantes do mercado também consideram a possibilidade de o BCE anunciar um novo corte de juros em face da deterioração dos últimos dados macroeconômicos.

"Com certeza Draghi será pressionado a dizer se o acordo do Chipre será um modelo para outras nações problemáticas de agora em diante", comentou Jane Foley, estrategista sênior de câmbio no Rabobank em Londres.

Já o iene se fortalece levemente ante o dólar antes da primeira decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) sob novo comando, também na quinta-feira (4). A expectativa é que os novos dirigentes do BOJ sejam mais agressivos na adoção de estímulos econômicos que seus antecessores.

Na China, o yuan atingiu um novo nível recorde ante o dólar após orientação do Banco do Povo da China (PBOC) por meio de uma taxa de câmbio de referência. O dólar chegou a 6,1986 yuans no mercado de balcão, seu nível mais baixo desde o lançamento do atual sistema de câmbio chinês, em 1994.

Às 9h27 (de Brasília), o euro era negociado a US$ 1,2837, ante US$ 1,2850 no fim da tarde da segunda-feira (1), e recuava também para 119,59 ienes, de 119,86 ienes.

Em relação a moeda japonesa, o dólar declinava para 93,18 ienes, de 93,21 ienes ontem. A libra caía para US$ 1,5154, de US$ 1,5191. O índice Wall Street Journal do dólar, que mede seu desempenho frente a uma cesta de moedas, estava em 73,28, ante 73,277 na segunda-feira (1). As informações são da Dow Jones.

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Londres - O euro recua ante o dólar na sessão europeia desta terça-feira, após uma série de dados desanimadores sobre a atividade industrial e desemprego tornar evidente a fragilidade da economia da zona do euro.

Em seu pior momento, a moeda única europeia chegou a cair a US$ 1,2824, depois de a Markit divulgar que a indústria do bloco se contraiu em março no ritmo mais intenso em três meses.

O resultado da indústria espanhola também veio particularmente fraco, com a maior contração na atividade em cinco meses. Já a Irlanda, que é tida como um caso bem-sucedido após o resgate de 2010, registrou seu primeiro forte recuo na atividade manufatureira em 13 meses.

Também pesa no mercado de câmbio o último número de desemprego da zona do euro, que permaneceu no nível recorde de 12% em fevereiro.

Segundo analistas, os investidores parecem estar cautelosos antes do anúncio de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira (4).

O presidente do BCE, Mario Draghi, deverá ser pressionado a falar sobre o pacote de resgate do Chipre, que afetou a confiança na zona do euro e destacou a luta da região para tirar as economias mais fracas da recessão.


Alguns participantes do mercado também consideram a possibilidade de o BCE anunciar um novo corte de juros em face da deterioração dos últimos dados macroeconômicos.

"Com certeza Draghi será pressionado a dizer se o acordo do Chipre será um modelo para outras nações problemáticas de agora em diante", comentou Jane Foley, estrategista sênior de câmbio no Rabobank em Londres.

Já o iene se fortalece levemente ante o dólar antes da primeira decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) sob novo comando, também na quinta-feira (4). A expectativa é que os novos dirigentes do BOJ sejam mais agressivos na adoção de estímulos econômicos que seus antecessores.

Na China, o yuan atingiu um novo nível recorde ante o dólar após orientação do Banco do Povo da China (PBOC) por meio de uma taxa de câmbio de referência. O dólar chegou a 6,1986 yuans no mercado de balcão, seu nível mais baixo desde o lançamento do atual sistema de câmbio chinês, em 1994.

Às 9h27 (de Brasília), o euro era negociado a US$ 1,2837, ante US$ 1,2850 no fim da tarde da segunda-feira (1), e recuava também para 119,59 ienes, de 119,86 ienes.

Em relação a moeda japonesa, o dólar declinava para 93,18 ienes, de 93,21 ienes ontem. A libra caía para US$ 1,5154, de US$ 1,5191. O índice Wall Street Journal do dólar, que mede seu desempenho frente a uma cesta de moedas, estava em 73,28, ante 73,277 na segunda-feira (1). As informações são da Dow Jones.

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