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Euro avança ao maior nível em 14 meses frente ao dólar

A moeda única europeia foi negociada acima de US$ 1,35 pela primeira vez desde dezembro de 2011, chegando à máxima de US$ 1,3563


	Às 11h24, o euro era negociado a US$ 1,3537, em comparação com US$ 1,3492 no fim da tarde de terça-feira (29) em Nova York
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Às 11h24, o euro era negociado a US$ 1,3537, em comparação com US$ 1,3492 no fim da tarde de terça-feira (29) em Nova York (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Londres - O euro subiu ao maior nível em 14 meses frente ao dólar no mercado europeu nesta manhã, refletindo as reações de operadores de câmbio aos sinais crescentes de aperto na liquidez na zona do euro e a expectativa com a reunião desta quarta-feira do Comitê Federal de Política Monetária (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, nos Estados Unidos.

A moeda única europeia foi negociada acima de US$ 1,35 pela primeira vez desde dezembro de 2011, chegando à máxima de US$ 1,3563 à medida que os participantes de mercado reagiam ao resultado pior do que o esperado no crescimento do PIB da Espanha no quarto trimestre e às notícias de que o Banco Central Europeu (BCE) emprestou apenas 3,71 bilhões de euros (US$ 4,99 bilhões) para bancos europeus na sua operação de refinanciamento com prazo de três meses.

Para o analista de moedas Valentin Marinoy, do Citigroup, as notícias ajudaram a sustentar a moeda europeia devido às expectativas crescentes de reduções adicionais no balanço patrimonial do BCE, especialmente após os bancos europeus terem informado, na semana passada, que irão devolver ao banco central 137,2 bilhões de euros - aproximadamente um quarto do total - tomado na primeira operação de financiamento de longo prazo (LTRO, na sigla em inglês), com prazo de três anos.

"Há mais evidências hoje de que um aperto nas condições financeiras na zona do euro está a caminho", disse Marc Chandler, diretor global de estratégia cambial da Brown Brothers Harriman.

Em análise para clientes, o estrategista da BBH afirma que esse movimento está em andamento, mas observa que há outras duas peças do quebra-cabeça que surgiram nesta quarta-feira, citando dados do BCE informando um aperto nos padrões de crédito dos bancos europeus no quarto trimestre.


Além disso, a notícia de que a Itália vendeu o montante máximo pretendido de 6,5 bilhões de euros no leilão de bônus desta quarta-feira ajudou a reforçar o impulso do euro ao fornecer evidências de que a demanda dos investidores por ativos da periferia da zona do euro ainda está em recuperação, observa Marinoy, do Citigroup.

O euro também avançou frente à libra esterlina nesta quarta-feira pela manhã, rompendo a barreira de 0,86 libra por euro pela primeira vez desde dezembro de 2011. Em relação ao dólar australiano, o euro foi negociado acima de 1,30 dólar pela primeira vez desde maio.

O outro grande tema do dia no mercado de moedas foi a fraqueza do iene, com a moeda japonesa registrando novas mínimas em dois anos e meio frente ao euro e ao dólar. O movimento reflete a reação do mercado às declarações do ministro de Finanças Taro Aso de que a força excessiva do iene está simplesmente sendo corrigida.

O dólar australiano perdeu algum terreno após a primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard, ter convocado eleições gerais para o dia 14 de setembro. Já o dólar neozelandês perdeu força antes da decisão de juros do banco central local marcada para esta quinta-feira (31), com ampla expectativa de manutenção da taxa de juros em 2,5%.

Às 11h24, o euro era negociado a US$ 1,3537, em comparação com US$ 1,3492 no fim da tarde de terça-feira (29) em Nova York. Frente ao iene, o dólar era negociado a 91,25 ienes, em comparação aos 90,75 ienes no fim da tarde de terça-feira (29).

O euro também avançava frente ao iene, negociado a 123,49 ienes em comparação aos 122,40 ienes no fim da tarde de terça-feira (29). A libra era negociada a US$ 1,5782, de US$ 1,5762 no fim da tarde de terça-feira (29) em Nova York. As informações são da Dow Jones.

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