Estilo Lula é necessário para atrair investidor, diz Pimco
Segundo gestor de investimentos, o Brasil deveria retornar às políticas do ex-presidente para aumentar o crescimento e domar o aumento de preços
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2014 às 13h36.
Nova York - O Brasil deveria retornar às políticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aumentar o crescimento, domar o aumento de preços e atrair investimento estrangeiro, segundo a Pacific Investment Management Co.
Os líderes do país têm tentado impulsionar o crescimento aumentando o investimento público e incrementando empréstimos subsidiados pelo Estado, escreveu Michael Gómez, codiretor de gerenciamento de portfólio de mercados emergentes da Pimco, em comunicado postado ontem no site da administradora de recursos.
Em vez disso, o governo deveria estabelecer metas estritas para seu superávit primário, escreveu Gómez. O superávit primário é o que sobra depois que os gastos do governo são subtraídos da receita tributária, excluindo o impacto do pagamento de juros sobre a dívida pendente.
Embora essas metas possam desacelerar a economia, o Banco Central provavelmente teria a possibilidade de reduzir as taxas das “anormalmente altas taxas de juros reais e nominais que é forçado a estabelecer atualmente”, disse ele.
As avaliações de ativos do país são “atrativas, mas a menos que seja restaurado um mix político efetivo, a perspectiva para a ordem nos mercados financeiros do Brasil são mais incertas”, escreveu Gómez.
Bill Gross, que gerencia o fundo Total Return, de US$ 237 bilhões, da Pimco, que tem sede em Newport Beach, Califórnia, disse na semana passada que o Brasil já não é o mercado preferido da empresa de gerenciamento de ativos.
Os bônus brasileiros em moeda local caíram 13,6 por cento no ano passado, declínio maior que a média global de 9 por cento dos países em desenvolvimento, enquanto os bônus em dólar do governo perderam 11,2 por cento, a maior queda desde 1998, segundo dados do índice do JPMorgan Chase Co.
Participantes de Davos
Na semana passada, os estrategistas aumentaram a taxa de referência de empréstimos do Brasil para 10,5 por cento, o sexto aumento seguido de meio ponto porcentual, em uma busca do Banco Central para conter a inflação, prevista para aumentar para 6 por cento em 2014. A maior economia da América Latina deverá crescer 2 por cento neste ano, ritmo menor que a estimativa de 2,3 por cento, de 2013.
A presidente Dilma Rousseff está nesta semana em Davos, na Suíça, local do Fórum Econômico Mundial, juntamente com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para um encontro com executivos e outros participantes em uma sessão especial.
Nova York - O Brasil deveria retornar às políticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aumentar o crescimento, domar o aumento de preços e atrair investimento estrangeiro, segundo a Pacific Investment Management Co.
Os líderes do país têm tentado impulsionar o crescimento aumentando o investimento público e incrementando empréstimos subsidiados pelo Estado, escreveu Michael Gómez, codiretor de gerenciamento de portfólio de mercados emergentes da Pimco, em comunicado postado ontem no site da administradora de recursos.
Em vez disso, o governo deveria estabelecer metas estritas para seu superávit primário, escreveu Gómez. O superávit primário é o que sobra depois que os gastos do governo são subtraídos da receita tributária, excluindo o impacto do pagamento de juros sobre a dívida pendente.
Embora essas metas possam desacelerar a economia, o Banco Central provavelmente teria a possibilidade de reduzir as taxas das “anormalmente altas taxas de juros reais e nominais que é forçado a estabelecer atualmente”, disse ele.
As avaliações de ativos do país são “atrativas, mas a menos que seja restaurado um mix político efetivo, a perspectiva para a ordem nos mercados financeiros do Brasil são mais incertas”, escreveu Gómez.
Bill Gross, que gerencia o fundo Total Return, de US$ 237 bilhões, da Pimco, que tem sede em Newport Beach, Califórnia, disse na semana passada que o Brasil já não é o mercado preferido da empresa de gerenciamento de ativos.
Os bônus brasileiros em moeda local caíram 13,6 por cento no ano passado, declínio maior que a média global de 9 por cento dos países em desenvolvimento, enquanto os bônus em dólar do governo perderam 11,2 por cento, a maior queda desde 1998, segundo dados do índice do JPMorgan Chase Co.
Participantes de Davos
Na semana passada, os estrategistas aumentaram a taxa de referência de empréstimos do Brasil para 10,5 por cento, o sexto aumento seguido de meio ponto porcentual, em uma busca do Banco Central para conter a inflação, prevista para aumentar para 6 por cento em 2014. A maior economia da América Latina deverá crescer 2 por cento neste ano, ritmo menor que a estimativa de 2,3 por cento, de 2013.
A presidente Dilma Rousseff está nesta semana em Davos, na Suíça, local do Fórum Econômico Mundial, juntamente com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para um encontro com executivos e outros participantes em uma sessão especial.