Mercados

Empresas captam US$ 3,25 bi no exterior em 2 dias

Por AE São Paulo - Os investidores voltaram das férias no Hemisfério Norte com apetite redobrado por ativos do Brasil. Isso já se reflete, sobretudo, nas emissões de empresas brasileiras no exterior. Entre terça-feira e ontem, ocorreram três operações, num total de US$ 3,25 bilhões. Segundo informações de mercado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2010 às 04h59.

Por AE

São Paulo - Os investidores voltaram das férias no Hemisfério Norte com apetite redobrado por ativos do Brasil. Isso já se reflete, sobretudo, nas emissões de empresas brasileiras no exterior. Entre terça-feira e ontem, ocorreram três operações, num total de US$ 3,25 bilhões. Segundo informações de mercado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve captar 1 bilhão nos próximos dias. Se o ritmo for mantido até o fim do ano, 2010 terá recorde nesse tipo de transação.

O movimento tem impacto direto na taxa de câmbio. O dólar fechou ontem com desvalorização de 0,17%, cotado a R$ 1,725. A queda teria sido ainda mais expressiva se não fosse a atuação do Banco Central (BC). Pela primeira vez desde maio, a instituição realizou dois leilões de compra da moeda americana - normalmente, faz um leilão diário.

Terça-feira, a Odebrecht levantou US$ 500 milhões com um tipo de bônus chamado perpétuo - ou seja, sem prazo definido de vencimento. Ontem, a Vale captou US$ 1,75 bilhão e a Telemar (Oi), US$ 1 bilhão. Segundo executivos, Banco do Brasil e Suzano Papel também devem fazer emissões em breve. Analistas afirmam que pelo menos três fatores explicam o bom momento. O primeiro é a farta liquidez no exterior, em razão dos juros historicamente baixos nos países desenvolvidos.

O segundo é a confiança no Brasil - fruto, entre outras razões, do selo de qualidade (investment grade) que o País recebeu em 2008 e 2009 e do crescimento superior ao do mundo. Por fim, os juros pagos pelo País ainda são altos quando comparados aos de nações com nível de risco semelhante ao brasileiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Dólar fecha em R$ 5,73, maior valor em mais de dois anos: pessimismo com Copom impactou a divisa

BTG retira Petrobras (PETR4) da carteira para agosto, mas ainda se mantém no setor de petróleo

Ibovespa recua em dia de aversão a risco enquanto dólar bate R$ 5,73

Meta anima investidores com vendas acima da expectativa

Mais na Exame