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Eletrobras dispara quase 7%: entenda até onde vai a ação

Papéis subiram após o avanço dos planos de privatização da companhia se somarem à surpresa no Ebitda do primeiro trimestre

Ações da companhia elétrica estiveram entre as maiores altas do Ibovespa nesta quinta-feira (Brendan McDermid/Reuters)
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Beatriz Quesada

Publicado em 13 de maio de 2021 às 19h04.

Última atualização em 13 de maio de 2021 às 19h11.

As ações da Eletrobras figuraram entre as maiores altas do Ibovespa nesta quinta-feira, 13, com os papéis ordinários ( ELET3 ) avançando 6,90% e os preferenciais ( ELET6 ), 4,14%. Os ganhos são reflexo das expectativas de privatização da companhia, somadas aos bons resultados do primeiro trimestre de 2021.

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Na véspera, a Eletrobras divulgou um lucro líquido de 1,609 bilhão de reais nos três primeiros meses de 2021, uma alta de 31% frente ao mesmo período do ano passado. O resultado ficou abaixo das expectativas que eram de 1,84 bilhão de reais para o período. Mas outros pontos do balanço surpreenderam positivamente o mercado.

A receita operacional, por exemplo, foi de 8,21 bilhões de reais, contra uma estimativa de 7,80 bilhões de reais no consenso de mercado medido pela Bloomberg. O principal, no entanto, foi que a Eletrobras registrou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de 4,479 bilhões – 8% acima das expectativas dos analistas do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME ).

A explicação para os ganhos está na revisão periódica de tarifas cobradas para transmissão de energia, que impactou positivamente a empresa a partir de julho de 2020. Outro fator  destacado por analistas é o bom trabalho feito pela empresa na redução de custos.

Mas, mesmo com o resultado acima do esperado, o principal combustível para a alta da ação segue sendo a perspectiva de privatização da empresa. Na tarde desta quinta-feira, enquanto investidores repercutiam o balanço, chegaram boas notícias também nesse front.

A medida provisória que autoriza a privatização da Eletrobras pode ser votada na próxima terça, dia 18, segundo o relator do texto na Câmara, o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA). O relatório preliminar foi apresentado no início desta semana e o texto precisa ser analisado até o dia 22 de junho na Câmara e no Senado para não perder a validade.

Considerando, principalmente, as perspectivas de privatização, o BTG tem recomendação de compra para o papel, mantendo o preço-alvo das ações ( ELET6 ) a 63 reais, o que representa uma valorização de 57,38% considerando o fechamento desta quinta-feira, quando a ação encerrou o dia negociada a 40,03 reais.

O Goldman Sachs também mantém recomendação de compra, com um preço-alvo de 48 reais para os papéis ordinários ( ELET3 ) e 53 reais para os preferenciais, o que representa potenciais de valorização de 19,16% e 32,4%, respectivamente.

Já a Ativa Investimentos mantém uma recomendação neutra, com preço-alvo de 29 reais para as ações ordinárias – uma possível desvalorização de 27,69%. “Acreditamos que os agentes devem ajustar suas expectativas mais em função do andamento da pauta que versa sobre a capitalização da companhia que propriamente pelos fundamentos operacionais e financeiros demonstrados ao longo do primeiro trimestre”, destacam os analistas em relatório.

O Credit Suisse também afirma que os resultados da empresa não serão a principal fonte de atenção dos investidores enquanto a possibilidade de privatização estiver no radar. A recomendação para a ação preferencial ( ELET6 ) é neutra, com preço-alvo de 45 reais. Considerando o fechamento do último pregão, o banco vê um potencial de valorização de 12% para o papel.

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