Mercados

Eike Batista vende ações da OGX e papel volta a R$ 0,50

Além das vendas efetuadas pelo controlador, notícias desfavoráveis, como suspensão de pagamento pela compra do campo de Tubarão Martelo, explicaram a queda


	Plataforma terrestre OGX: OGX caiu 12,28% na quinta-feira, 29
 (Divulgação)

Plataforma terrestre OGX: OGX caiu 12,28% na quinta-feira, 29 (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 08h30.

São Paulo e Rio - Para honrar dívidas de curto prazo, Eike Batista continua vendendo lotes de ações de suas empresas diretamente no mercado. Na quinta-feira, 29, ele informou a venda de 1,54% do capital social da petroleira OGX. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), informou também a venda de 5,38% do capital da empresa de construção naval OSX. E deixou claro que pretende continuar fazendo “vendas pontuais”, conservando inalterada a posição nas empresas em que ainda se mantém como controlador.

Os papéis das empresas ‘X’ mais afetadas pela crise continuam derretendo na Bolsa. OGX caiu 12,28% na quinta-feira, 29, e voltou à marca de R$ 0,50 a ação. Durante o dia, voltaram a circular rumores da saída do BTG Pactual do processo de reestruturação do grupo e o desentendimento entre Eike e André Esteves, desmentido à noite pelo banqueiro a um colunista.

Além das vendas efetuadas pelo controlador, notícias desfavoráveis explicaram a queda. Entre as informações, destaque para a suspensão do primeiro pagamento pela compra de 40% do campo de Tubarão Martelo pela malaia Petronas, que condicionou a conclusão do negócio ao equacionamento das dívidas de curto prazo da empresa.

Depois de enterrar os planos para os campos de Tubarão Tigre, Areia e Gato, e anunciar intenção de fazer o mesmo com Tubarão Azul em 2014, credores e investidores concentram em Martelo a esperança de que a companhia ainda possa vir a ter alguma produção relevante.

A plataforma OSX-3, com capacidade para armazenar 1,3 milhão de barris e produção diária de 100 mil barris, chegou nesta semana ao Rio, vindo de estaleiro em Cingapura, e será conectada ao campo, na Bacia de Campos, a 81 quilômetros da costa. Apenas depois de iniciada a produção poderá ser revisado o potencial de reserva.

No entanto, a previsão de um volume recuperável de 285 milhões de barris em Tubarão Martelo deve ser revista para baixo no ano que vem, segundo fonte da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). A previsão é de início das atividades no quarto trimestre, ainda sem data marcada.

Tubarão Azul e Martelo ficam a 72 quilômetros de distância um do outro, em águas rasas da Bacia de Campos. Tubarão Azul, a 60 quilômetros da costa, foi o primeiro a começar a produzir, no ano passado. Neste mês, está totalmente parado para manutenção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:AcionistasEike BatistaEmpresáriosEmpresasGás e combustíveisIndústria do petróleoMMXOGpar (ex-OGX)OSXPersonalidadesPetróleo

Mais de Mercados

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Ibovespa fecha perto da estabilidade após corte de gastos e apagão global

Mais na Exame