Exame Logo

Dólar volta a R$2,71, com expectativa de câmbio pressionado

Às 11h31, a moeda norte-americana subia 0,63 por cento, a 2,7110 reais na venda, após atingir 2,7120 reais na máxima da sessão

Movimento de alta do dólar foi desencadeado pela declaração de Joaquim Levy de que não havia intenção de manter o câmbio sobrevalorizado (Arquivo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 10h53.

São Paulo - O dólar subia nesta quarta-feira, voltando ao patamar de 2,70 reais, com alguns investidores apostando que os níveis de cotação mais altos vistos nas últimas sessões vieram para ficar.

Às 11h31, a moeda norte-americana subia 0,63 por cento, a 2,7110 reais na venda, após atingir 2,7120 reais na máxima da sessão e 2,6930 reais na mínima. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 275 milhões de dólares.

"A impressão que eu tenho é que o dólar estava baixo demais e a alta dos últimos dias serviu para corrigir esse desequilíbrio", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

Entre sexta-feira e segunda-feira passadas, a moeda norte-americana saltou de 2,61 a 2,71 reais, ou quase 4 por cento. O movimento foi desencadeado pela declaração do ministro da Fazenda , Joaquim Levy , de que não havia intenção de manter o câmbio sobrevalorizado.

Vários analistas vêm estimando que o "valor justo" do dólar em relação ao real deveria ser mais alto do que o atual, devido à deterioração de fundamentos macroeconômicos do Brasil.

Na pesquisa Focus do Banco Central, economistas de instituições financeiras esperam que a divisa norte-americana acabe 2015 a 2,80 reais, refletindo ainda a expectativa de alta dos juros norte-americanos.

Segundo operadores, após os movimentos expressivos das últimas sessões, alguns investidores usavam a oportunidade para montar apostas em mais altas do dólar, o que contribuía para sustentar o avanço da moeda norte-americana nesta sessão.

No cenário doméstico, investidores também seguiam atentos à situação em torno da Petrobras. Na sessão passada, notícias sobre mudanças na diretoria da estatal alimentaram a demanda de investidores estrangeiros pelo papel e contribuíram para reduzir as cotações do dólar.

Nesta manhã, a presidente da companhia, Maria das Graças Foster, e cinco diretores renunciaram a seus cargos. Novos executivos serão eleitos em reunião do Conselho Administrativo na sexta-feira.

"Se a nova diretoria tiver de fato um perfil mais técnico, será mais um sinal de que o governo está buscando recuperar a confiança do mercado", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais. Foram vendidos 800 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.200 contratos para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a 98 milhões de dólares.

O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de março, que equivalem a 10,438 bilhões de dólares, com oferta de até 13 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 12 por cento do lote total.

Veja também

São Paulo - O dólar subia nesta quarta-feira, voltando ao patamar de 2,70 reais, com alguns investidores apostando que os níveis de cotação mais altos vistos nas últimas sessões vieram para ficar.

Às 11h31, a moeda norte-americana subia 0,63 por cento, a 2,7110 reais na venda, após atingir 2,7120 reais na máxima da sessão e 2,6930 reais na mínima. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 275 milhões de dólares.

"A impressão que eu tenho é que o dólar estava baixo demais e a alta dos últimos dias serviu para corrigir esse desequilíbrio", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

Entre sexta-feira e segunda-feira passadas, a moeda norte-americana saltou de 2,61 a 2,71 reais, ou quase 4 por cento. O movimento foi desencadeado pela declaração do ministro da Fazenda , Joaquim Levy , de que não havia intenção de manter o câmbio sobrevalorizado.

Vários analistas vêm estimando que o "valor justo" do dólar em relação ao real deveria ser mais alto do que o atual, devido à deterioração de fundamentos macroeconômicos do Brasil.

Na pesquisa Focus do Banco Central, economistas de instituições financeiras esperam que a divisa norte-americana acabe 2015 a 2,80 reais, refletindo ainda a expectativa de alta dos juros norte-americanos.

Segundo operadores, após os movimentos expressivos das últimas sessões, alguns investidores usavam a oportunidade para montar apostas em mais altas do dólar, o que contribuía para sustentar o avanço da moeda norte-americana nesta sessão.

No cenário doméstico, investidores também seguiam atentos à situação em torno da Petrobras. Na sessão passada, notícias sobre mudanças na diretoria da estatal alimentaram a demanda de investidores estrangeiros pelo papel e contribuíram para reduzir as cotações do dólar.

Nesta manhã, a presidente da companhia, Maria das Graças Foster, e cinco diretores renunciaram a seus cargos. Novos executivos serão eleitos em reunião do Conselho Administrativo na sexta-feira.

"Se a nova diretoria tiver de fato um perfil mais técnico, será mais um sinal de que o governo está buscando recuperar a confiança do mercado", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais. Foram vendidos 800 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.200 contratos para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a 98 milhões de dólares.

O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de março, que equivalem a 10,438 bilhões de dólares, com oferta de até 13 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 12 por cento do lote total.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarJoaquim LevyMinistério da FazendaMoedas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame