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Dólar vai abaixo de R$3,25 com alívio sobre juros nos EUA

Dados comportados da inflação americana reforçaram apostas de que os juros não vão subir mais do que o esperado na maior economia do mundo

Dólar: às 10:31, o dólar recuava 0,32 por cento, a 3,2475 reais na venda (Gary Cameron/File Photo/Reuters)

Dólar: às 10:31, o dólar recuava 0,32 por cento, a 3,2475 reais na venda (Gary Cameron/File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de março de 2018 às 10h41.

O dólar recuava nesta terça-feira, voltando abaixo de 3,25 reais, após dados comportados de inflação nos Estados Unidos reforçarem apostas de que os juros não vão subir mais do que o esperado na maior economia do mundo.

Às 10:31, o dólar recuava 0,32 por cento, a 3,2475 reais na venda, depois de marcar a máxima de 3,2659 reais na sessão e 3,2382 reais na mínima. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,40 por cento.

"Com o núcleo (da inflação) ainda confortavelmente abaixo da meta, o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) não tem razões para promover aumento mais agressivo das taxas de juros do que o que está atualmente precificado", disse o analista da gestora CIBC, Avery Shenfeld, em nota.

Os preços ao consumidor dos Estados Unidos desaceleraram em fevereiro em meio à queda nos preços da gasolina e à moderação no custo dos aluguéis, na mais recente indicação de que uma aceleração da inflação provavelmente será apenas gradual.

Excluindo os componentes voláteis de energia e alimentos, o índice ganhou 0,2 por cento depois de acelerar 0,3 por cento em janeiro. Na base anual, o avanço do chamado núcleo de preços ao consumidor repetiu a taxa de 1,8 por cento de fevereiro.

Logo após a divulgação dos dados, os juros futuros norte-americanos indicavam 26 por cento de chances de o Fed elevar os juros quatro vezes neste ano, sobre 28 por cento antes dos números, segundo dados da Reuters.

O Fed vem indicando que elevará os juros três vezes neste ano de forma gradual e, um movimento mais forte do que o esperado, aumentaria o potencial de atrair para os Estados Unidos recursos aplicados hoje em outros mercados financeiros, como o brasileiro.

No exterior, o dólar caía ante a cesta de moedas e sobre divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.

Internamente, a captação de 750 milhões de dólares do banco Itaú Unibanco, na véspera, também contribuía para o recuo do dólar frente ao real.

O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão novo leilão de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em abril e somam 9,029 bilhões de dólares.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

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