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Dólar cai e se aproxima de R$3,75 por otimismo com governo

Às 12:08, o dólar recuava 1,29 por cento, a 3,7605 reais na venda, depois de encerrar a primeira sessão do ano em queda de 1,71 por cento, a 3,8096 reais.

Moeda: dólar está em queda ante o real (Ricardo Moraes/Reuters)
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Reuters

Publicado em 3 de janeiro de 2019 às 10h11.

Última atualização em 3 de janeiro de 2019 às 12h28.

São Paulo - O dólar operava em queda firme nesta quinta-feira, tendo se aproximado de 3,75 reais na mínima da sessão até o momento, ainda sob influência do otimismo do mercado com o governo Jair Bolsonaro, mas acompanhando à distância a maior aversão ao risco no mercado internacional.

Às 12:08, o dólar recuava 1,29 por cento, a 3,7605 reais na venda, depois de encerrar a primeira sessão do ano em queda de 1,71 por cento, a 3,8096 reais.

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Na mínima da sessão, a moeda atingiu 3,7600 reais. Na máxima, foi a 3,8088 reais. O dólar futuro tinha baixa de 0,42 por cento.

"Estaremos susceptíveis à volatilidade externa, mas existe espaço para que os ativos locais continuem mostrando desempenho relativo mais positivo enquanto for factível acreditar nas reformas econômicas e no bom andamento do novo governo", escreveu o estrategista da empresa de gestão de recursos e ativos TAG Investimentos, Dan Kawa.

A primeira reunião ministerial do governo de Jair Bolsonaro acontece nesta quinta-feira, e o mercado segue na expectativa por medidas de ajuste.

Mais cedo, no Twitter, Bolsonaro disse que o governo vai atrair cerca de 7 bilhões de reais em concessões de ferrovias, aeroportos e terminais portuários, fazendo referência a projetos previstos para serem leiloados no governo anterior, mas que ficaram para a atual gestão devido a atrasos.

Na véspera, em seu discurso durante transmissão de cargo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez veemente defesa do controle dos gastos públicos e da diminuição do tamanho do Estado brasileiro, elegendo a reforma da Previdência como prioridade número um, mas prometendo, em paralelo, medidas infraconstitucionais de ajuste.

O mercado internacional, entretanto, exibia aversão ao risco após a Apple emitir alerta de receita diante da expectativa de menores vendas na China, que sofre os efeitos da guerra comercial com os Estados Unidos.

A notícia reforçou o alerta entre os investidores sobre a desaceleração econômica global e levou à busca de ativos mais seguros, como o iene.

O dólar, assim, caía ante a cesta de moedas, mas subia ante as divisas emergentes, como o peso mexicano.

Aqui, a queda do dólar chegou a perder temporariamente o fôlego após dados mais fortes de criação de vagas no mercado privado de trabalho dos Estados Unidos, mas logo voltou a aprofundar a queda após divulgação de um número maior de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA.

O BC vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 1,34 bilhão de dólares do total de 13,398 bilhões de dólares que vencem em fevereiro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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