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Dólar tem maior alta em 6 meses com ajuste de posições

São Paulo - O dólar registrou a maior alta diária ante o real em quase seis meses nesta quarta-feira, com investidores se desfazendo de algumas posições vendidas no mercado futuro, em meio a um cenário externo negativo. A moeda norte-americana avançou 1,01 por cento, a 1,605 real na venda. Trata-se do maior ganho diário desde […]

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 17h47.

São Paulo - O dólar registrou a maior alta diária ante o real em quase seis meses nesta quarta-feira, com investidores se desfazendo de algumas posições vendidas no mercado futuro, em meio a um cenário externo negativo.

A moeda norte-americana avançou 1,01 por cento, a 1,605 real na venda. Trata-se do maior ganho diário desde 8 de novembro do ano passado, quando a cotação subiu 1,13 por cento.

"O pessoal está mais reticente em derrubar o dólar desde que as medidas do governo começaram a surtir efeito", comentou Ovídio Soares, operador de câmbio da Interbolsa, referindo-se à imposição da alíquota de 6 por cento sobre as contratações de empréstimos externos com prazo de até dois anos, anunciada no início de abril.

Nesta tarde, o Banco Central informou que o fluxo cambial de abril foi positivo em 1,541 bilhão de dólares, bem abaixo dos 12,66 bilhões de dólares apurados em março.

Para Alfredo Barbutti, economista-chefe da BGC Liquidez, a alta do dólar nos últimos dias pode ser atribuída a ajustes de investidores após a moeda ter se aproximado na semana passada das mínimas em 12 anos contra o real.

"Para ficar vendido naquele nível de 1,57 real num ambiente de fluxo menor você precisa ter argumento. Você pode fazer isso não a um patamar de 1,57 real, mas talvez em 1,60 real", disse.

Dados da BM&FBovespa mostram uma forte redução nas apostas de investidores estrangeiros a favor do real. Os dados mais recentes disponíveis, na terça-feira, mostravam que os não-residentes sustentavam 15,51 bilhões de dólares em posições vendidas nos mercados de dólar futuro e cupom cambial (DDI), bem menos que os 18,71 registrados há uma semana.

"Por isso, podemos presenciar um período mais volátil, sem que este fato coloque efetivamente a moeda americana em tendência de alta sustentável", afirmou em relatório Sidnei Moura Nehme, economista e diretor-executivo da NGO Corretora.

Saores, da Interbolsa da Brasil, lembrou que o cenário externo negativo também estimulou a demanda por dólares no mercado doméstico.

Enquanto as operações locais se encerravam, as principais bolsas de valores dos Estados Unidos <.DJI> <.IXIC> <.SPX> recuavam, após dados macroeconômicos no país apontarem uma desaceleração na retomada econômica em abril.

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