Nova York - O dólar subiu para o nível mais alto em mais de três meses frente ao iene. O mercado reagiu à divulgação do déficit comercial do Japão em setembro, que alimentou as expectativas de que o Banco do Japão (BoJ) volte a relaxar sua política monetária.

O Japão teve um déficit comercial de US$ 7,2 bilhões em setembro, mês marcado por disputas territoriais com a China em torno de ilhotas no Mar do Leste; as exportações japonesas ao país caíram 14,1% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Setembro foi o terceiro mês consecutivo em que o Japão registrou déficits no comércio exterior.

Outro fator para a debilidade do iene foi o fato de o BoJ ter rebaixado suas projeções de crescimento econômico para oito das nova regiões do país; em seu relatório trimestral, o BC do Japão diz que a recuperação econômica "reduziu-se ou fez uma pausa" nessas regiões. "Será uma surpresa se o BoJ não afrouxar sua política. As pessoas estão na expectativa de alguma forma de relaxamento, mas a questão é quanto", comentou o estrategista Brian Kim, do RBS.

O dólar já acumula uma alta de 2,6% frente ao iene desde o começo de outubro, por causa da expectativa de que o BoJ aumentará o tamanho de seu programa de compras de ativos, que já foi elevado em 10 trilhões de ienes, para 75 trilhões de ienes, na reunião de setembro.

O euro, por sua vez, subiu frente ao dólar depois de a chanceler alemã, Angela Merkel, dizer ao Wall Street Journal que seu país deverá apoiar a reivindicação da Grécia, de estender o prazo para o cumprimento das metas de austeridade fiscal. Frente ao iene, o euro alcançou a máxima de 104,46, nível mais alto em cinco meses e meio.

No fim da tarde em Nova York, o iene estava cotado a 79,95 por dólar de 79,32 por dólar na sexta,feira, depois de ter alcançado a máxima de 79,97. O iene estava cotado a 104,40 por euro, de 103,26 por euro na sexta-feira. O euro estava cotado a US$ 1,3061, de US$ 1,3023 na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.