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Dólar tem leves variações ante o real de olho em cena política

Às 10:10, a moeda americana recuava 0,12 por cento, a 3,1420 reais na venda, depois de recuar 1 por cento no pregão anterior

Dólar: no exterior, sem dados importantes nesta semana, a moeda americana tinha leve queda de cerca de 0,20 por cento contra uma cesta de moedas (Ricardo Moraes/Reuters)

Dólar: no exterior, sem dados importantes nesta semana, a moeda americana tinha leve queda de cerca de 0,20 por cento contra uma cesta de moedas (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de agosto de 2017 às 10h25.

São Paulo - O dólar era negociado com leves variações sobre o real nesta segunda-feira, com a cautela ainda prevalecendo entre os investidores sobre se o governo conseguirá base política para dar andamento às reformas e medidas fiscais no Congresso Nacional.

O cenário externo também era acompanhado pelo mercado, onde as negociações igualmente tinham intervalos reduzidos diante da semana mais vazia em termos de indicadores e acontecimentos importantes.

Às 10:10, o dólar recuava 0,12 por cento, a 3,1420 reais na venda, depois de recuar 1 por cento no pregão anterior com movimento de correção. O dólar futuro tinha leve queda de 0,22 por cento.

"O mercado está trabalhando do jeito que dá, com cenário externo e interno", afirmou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel, acrescentando que ainda havia alguma entrada de capital externo sobretudo para o mercado de juros.

Entre os dias 7 e 11 passados, segundo dados mais recentes do Banco Central, o fluxo cambial foi positivo em 2,168 bilhões de dólares no Brasil.

O governo enfrenta grande dificuldade no Congresso diante de uma base instável, e deve se mobilizar para atender às demandas de aliados de forma a angariar apoio suficiente para aprovar ao menos os projetos que não exigem maioria qualificada, caso dos que integram o pacote envolvendo as mudanças das metas fiscais para 2017 e 2018.

A mudança da meta foi acompanhada de medidas, como a elevação da contribuição previdenciária de servidores, que também precisam de aprovação do Congresso.

Além disso, o governo também quer garantir no Legislativo a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) e o Refis, renegociação de dívidas tributárias. Isso sem contar a reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem.

Para impedir que a denúncia por crime de corrupção passiva avançasse no Congresso, o presidente Michel Temer gastou bastante de seu capital político e agora tem que aprofundar as negociações para a aprovação de reformas.

No exterior, sem dados importantes nesta semana, o dólar tinha leve queda de cerca de 0,20 por cento contra uma cesta de moedas.

Também recuava frente ao euro, depois de a moeda única sofrer a maior queda semanal em mais de dois meses com os mercados julgando que os ganhos de dois dígitos neste ano podem ser demais para o Banco Central Europeu, que ainda está cauteloso em remover o estímulo.

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