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Dólar tem leve baixa com menos chances de alta de juros nos EUA

Nos últimos três pregões, o dólar havia acumulado alta de 1,61% e, nesta sexta-feira, abriu espaço para corrigir após o dado da inflação americana

Dólar: "O dólar deu uma corrigida nos últimos dias e a inflação dos EUA favoreceu uma realização" (Gary Cameron/Reuters)
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Reuters

Publicado em 11 de agosto de 2017 às 19h58.

São Paulo - O dólar encerrou a sexta-feira em leve queda ante o real, após um dado de inflação mais fraco do que o esperado nos Estados Unidos esfriar as apostas para nova alta de juros no país neste ano.

Ao longo da sessão, no entanto, os investidores monitoraram os cenários externo, em meio às tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Coreia do Norte, e interno, com as discussões sobre a meta fiscal.

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O dólar recuou 0,05 por cento, a 3,1741 reais na venda. Na semana, acumulou alta de 1,56 por cento, interrompendo uma sequência de cinco quedas semanais consecutivas.

Na mínima da sessão, marcou 3,1557 reais e, na máxima, 3,1816 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,05 por cento.

"O dólar deu uma corrigida nos últimos dias e a inflação dos EUA favoreceu uma realização, mas com o final de semana, o investidor prefere não ficar vendido", resumiu um profissional da mesa de câmbio de uma corretora local.

Nos últimos três pregões, o dólar havia acumulado alta de 1,61 por cento e, nesta sexta-feira, abriu espaço para corrigir após o dado norte-americano. O movimento, entretanto, perdeu força nos minutos finais da sessão.

O Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos subiu 0,1 por cento no mês passado, abaixo do esperado por economistas consultados pela Reuters, de alta de 0,2 por cento. O resultado sinaliza inflação benigna que pode levar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a ser cauteloso sobre a elevação das taxas de juros novamente neste ano.

O dólar recuava cerca de 0,40 por cento frente a uma cesta de moedas, perdendo terreno também ante divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.

Juros maiores nos EUA tendem a atrair recursos aplicados em outras praças financeiras, como a brasileira.

Ainda no exterior, as ameaças entre Estados Unidos e Coreia do Norte mantiveram a luz amarela entre os investidores. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu novo aviso aos norte-coreanos nesta sexta-feira, afirmando que as armas norte-americanas estão prontas e carregadas.

"As ameaças entre Washington e Pyongyang sobem de tom e, na ofensiva, mantém os mercados em modo de alerta", resumiu a corretora Guide em relatório.

Internamente, os investidores seguiram de olho nas negociações para a mudança da meta fiscal deste e do próximo ano.

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