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Dólar tem leve baixa ante real com exterior e fluxo pontual

Às 11:43, a moeda americana recuava 0,21 por cento, a 3,1272 reais na venda, depois de marcar a máxima de 3,1395 reais na máxima da sessão

Dólar: cena política brasileira seguia como pano de fundo, mas com os investidores ainda acreditando na aprovação da reforma da Previdência (foto/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 13 de abril de 2017 às 12h06.

São Paulo - O dólar tinha leve baixa ante o real nesta quinta-feira, favorecido pelo ingresso pontual de recursos e pelo movimento no mercado externo, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que a moeda norte-americana está ficando muito forte e também de que gostaria que as taxas de juros permanecessem baixas.

A cena política brasileira seguia como pano de fundo, mas com os investidores ainda acreditando na aprovação da reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas do país em ordem.

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Às 11:43, o dólar recuava 0,21 por cento, a 3,1272 reais na venda, depois de marcar a máxima de 3,1395 reais na máxima da sessão. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,05 por cento.

"O exterior está se sobrepondo à questão doméstica hoje", afirmou o estrategista-chefe do banco Mizuho, Luciano Rostagno.

Os comentários de Trump na véspera romperam com uma prática de longa data das administrações dos Democratas e dos Republicanos de se absterem de comentar sobre a política definida pelo independente Federal Reserve, banco central dos EUA. Também é incomum para um presidente falar sobre o valor do dólar, assunto normalmente deixado para o secretário do Tesouro dos EUA.

No exterior, o dólar cedia ante uma cesta de moedas.

"Trump pressionou o dólar lá fora para baixo, o que trouxe um viés aqui, com reforço de algum fluxo de ingresso de recursos", disse o gerente da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti.

Internamente, os investidores continuavam cautelosos com a cena política, mas ainda apostando que a recente turbulência não vai atrapalhar votações de importantes questões econômicas no Congresso Nacional.

O relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, autorizou a abertura de 76 inquéritos contra parlamentares, ministros de Estado e outras autoridades a partir das delações feitas por executivos da Odebrecht. A lista inclui oito ministros de Temer, entre eles Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência da República).

O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão, por ora. Em maio, vencem 6,389 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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