Dólar tem leve alta em dia volátil e tensão sobre swap
O dólar à vista fechou a R$ 2,0240 no mercado de balcão, com leve alta de 0,05% nesta sexta-feira
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2012 às 17h31.
São Paulo - Em um dia de forte oscilação, o dólar à vista no mercado de balcão fechou em leve alta nesta sexta-feira, na contramão do movimento da divisa ante moedas com elevada correlação com os preços das commodities. O ânimo dos investidores no exterior, com a perspectiva de estímulos à economia por parte dos bancos centrais globais, manteve a moeda em queda na primeira parte da sessão, mas comentários extra-oficiais sobre a possibilidade de não haver rolagem de contratos de swap fizeram a moeda inverter o sinal à tarde, passando a operar entre leves altas e baixas.
Os investidores têm aguardado a rolagem de US$ 4,75 bilhões em contratos de swap cambial, operação que equivale à venda de dólares no mercado futuro, com vencimento em 1º de agosto. No meio da tarde, conversas no mercado davam conta de que o BC teria descartado tal operação, mas a assessoria do banco informou que a eventual rolagem pode ocorrer até o dia 31 de julho. Antes do esclarecimento do BC, agentes financeiros estimavam que a transação poderia ser concluída até 1º de agosto. Vale notar que em 3 de setembro vencem outros US$ 4,45 bilhões e, em 1º outubro, há vencimento de US$ 1,8 bilhão em swaps cambiais.
O dólar à vista fechou a R$ 2,0240 no mercado de balcão, com leve alta de 0,05% nesta sexta-feira. Na máxima, o dólar foi a R$ 2,0280 e chegou a R$ 2,0140 na mínima. Na semana, o dólar tem recuo de 0,05% e, no ano, sobe 8,29%.
Na BM&F, a moeda spot terminou em R$ 2,0210, em declínio de 0,05% (dado preliminar). O giro financeiro total somava US$ 2,029 bilhões perto das 16h30. No mesmo horário, a cotação do dólar para agosto de 2012, contrato que será liquidado no próximo dia 1º, marcava R$ 2,024, com alta de 0,07%, mantendo-se no nível da moeda à vista. O movimento é considerado usual perto do encerramento do mês, diante da rolagem de contratos futuros. O dólar para setembro de 2012 estava em R$ 2,035, estável, começando a ganhar mais liquidez.
Um operador observa que a não rolagem dos contratos de swap com vencimento em 1º de agosto tenderia a pressionar a cotação. A decisão poderia ser tomada, pondera o profissional, se o BC avaliar que a melhora de sentimento dos investidores no exterior, com a expectativa de estímulos por BCs mundiais, provocaria declínio adicional do dólar por aqui. "Aí, não realizar a rolagem serviria para criar uma demanda natural pela moeda, o que evitaria um recuo maior do dólar."
Em Londres, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse, no período da manhã, que o BC está pronto para agir e assegurar que o mercado cambial funcione apropriadamente.
No exterior, de acordo com fontes, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, apresentou propostas para construir, entre outras ações, consenso em torno da retomada das compras de títulos espanhóis e italianos. O comunicado conjunto da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e do presidente da França, François Hollande, trazendo comprometimento dos líderes com a integridade da zona do euro, na prática, aumentou a pressão para atuação não convencional, como a reativação do programa de compra de bônus, cita um estrategista.
Nos Estados Unidos, o PIB do segundo trimestre ficou acima do esperado para o período e abaixo de 2,0% do primeiro trimestre. O número divide os analistas sobre o momento de um eventual estímulo adicional por parte do Federal Reserve. O economista-chefe da IHS Global Insight, Nigel Gault, prevê nova rodada de relaxamento quantitativo, mas estima que a autoridade monetária deva esperar até a reunião de setembro para agir.
São Paulo - Em um dia de forte oscilação, o dólar à vista no mercado de balcão fechou em leve alta nesta sexta-feira, na contramão do movimento da divisa ante moedas com elevada correlação com os preços das commodities. O ânimo dos investidores no exterior, com a perspectiva de estímulos à economia por parte dos bancos centrais globais, manteve a moeda em queda na primeira parte da sessão, mas comentários extra-oficiais sobre a possibilidade de não haver rolagem de contratos de swap fizeram a moeda inverter o sinal à tarde, passando a operar entre leves altas e baixas.
Os investidores têm aguardado a rolagem de US$ 4,75 bilhões em contratos de swap cambial, operação que equivale à venda de dólares no mercado futuro, com vencimento em 1º de agosto. No meio da tarde, conversas no mercado davam conta de que o BC teria descartado tal operação, mas a assessoria do banco informou que a eventual rolagem pode ocorrer até o dia 31 de julho. Antes do esclarecimento do BC, agentes financeiros estimavam que a transação poderia ser concluída até 1º de agosto. Vale notar que em 3 de setembro vencem outros US$ 4,45 bilhões e, em 1º outubro, há vencimento de US$ 1,8 bilhão em swaps cambiais.
O dólar à vista fechou a R$ 2,0240 no mercado de balcão, com leve alta de 0,05% nesta sexta-feira. Na máxima, o dólar foi a R$ 2,0280 e chegou a R$ 2,0140 na mínima. Na semana, o dólar tem recuo de 0,05% e, no ano, sobe 8,29%.
Na BM&F, a moeda spot terminou em R$ 2,0210, em declínio de 0,05% (dado preliminar). O giro financeiro total somava US$ 2,029 bilhões perto das 16h30. No mesmo horário, a cotação do dólar para agosto de 2012, contrato que será liquidado no próximo dia 1º, marcava R$ 2,024, com alta de 0,07%, mantendo-se no nível da moeda à vista. O movimento é considerado usual perto do encerramento do mês, diante da rolagem de contratos futuros. O dólar para setembro de 2012 estava em R$ 2,035, estável, começando a ganhar mais liquidez.
Um operador observa que a não rolagem dos contratos de swap com vencimento em 1º de agosto tenderia a pressionar a cotação. A decisão poderia ser tomada, pondera o profissional, se o BC avaliar que a melhora de sentimento dos investidores no exterior, com a expectativa de estímulos por BCs mundiais, provocaria declínio adicional do dólar por aqui. "Aí, não realizar a rolagem serviria para criar uma demanda natural pela moeda, o que evitaria um recuo maior do dólar."
Em Londres, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse, no período da manhã, que o BC está pronto para agir e assegurar que o mercado cambial funcione apropriadamente.
No exterior, de acordo com fontes, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, apresentou propostas para construir, entre outras ações, consenso em torno da retomada das compras de títulos espanhóis e italianos. O comunicado conjunto da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e do presidente da França, François Hollande, trazendo comprometimento dos líderes com a integridade da zona do euro, na prática, aumentou a pressão para atuação não convencional, como a reativação do programa de compra de bônus, cita um estrategista.
Nos Estados Unidos, o PIB do segundo trimestre ficou acima do esperado para o período e abaixo de 2,0% do primeiro trimestre. O número divide os analistas sobre o momento de um eventual estímulo adicional por parte do Federal Reserve. O economista-chefe da IHS Global Insight, Nigel Gault, prevê nova rodada de relaxamento quantitativo, mas estima que a autoridade monetária deva esperar até a reunião de setembro para agir.