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Dólar tem correção e cai; ausência de NY pode trazer volatilidade

Às 10:11, o dólar recuava 0,46 por cento, a 3,8413 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em alta de 0,44 por cento, a 3,8592 reais

O dólar operava em baixa ante o real nesta quarta-feira (Hafidz Mubarak/Reuters)
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Reuters

Publicado em 5 de dezembro de 2018 às 09h26.

Última atualização em 5 de dezembro de 2018 às 10h19.

São Paulo - O dólar operava em baixa ante o real nesta quarta-feira, acompanhando a trajetória da moeda ante outras divisas emergentes no exterior e corrigindo parte do avanço da véspera, tendo como pano de fundo as preocupações sobre a economia norte-americana e a guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Às 10:11, o dólar recuava 0,46 por cento, a 3,8413 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em alta de 0,44 por cento, a 3,8592 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,3 por cento.

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"O mercado exagerou um pouco ontem. Ao mesmo tempo, hoje não tem a referência da curva de juros norte-americana. Há espaço para uma correção", disse o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira.

Apesar de o achatamento da curva de juros norte-americana levantar o sinal amarelo sobre a possibilidade de recessão nos EUA, Vieira prefere optar pela cautela. "É um movimento natural de esgotamento do ciclo de aperto monetário, já que a política demora a ser repassada para a economia", destacou.

Por outro lado, a frágil trégua entre Estados Unidos e China mantém as preocupações sobre desaquecimento econômico global, o que pode reforçar ainda mais os temores sobre a maior economia do globo.

Na véspera, Donald Trump já deixou claro que é o "homem das tarifas" e que, se a China não chegar a um acordo durante os 90 dias de trégua, ele não hesitará em elevar os impostos sobre os produtos chineses.

No mercado internacional, o dólar caía ante a cesta de moedas e também ante emergentes como o peso mexicano e a lira turca.

Nova York não opera nesta sessão por conta do fechamento dos mercados em homenagem ao ex-presidente George H.W. Bush, o que deve encolher a liquidez e deixar o mercado mais volátil.

Internamente, os investidores acompanhavam as negociações políticas, um dia depois de novo adiamento da votação do projeto de lei da cessão onerosa, podendo ficar, inclusive, para 2019.

O fatiamento da reforma da Previdência admitido pelo presidente eleito Jair Bolsonaro também gerava desconfiança dos investidores.

Na véspera, ele disse que pode dividir o envio de uma proposta de reforma ao Congresso Nacional, que inicialmente deve contemplar mudanças nas regras para o setor público e também que preveja a adoção de uma idade mínima para o recebimento de benefícios, com diferentes idades para a aposentadoria de homens e mulheres.

"Acho que, por ora, está tendo muito ruído. O mercado está sendo precipitado. Na hora que o novo governo se sentar na cadeira, vamos ver o que tem para fazer", concluiu Vieira.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,6 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de 12,217 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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