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Dólar sobe mais de 1% por nova medida do governo

Na máxima até o momento, a cotação atingiu R$ 1,8190, maior nível intradia desde 10 de janeiro

Notas de dólar (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de março de 2012 às 11h31.

São Paulo - O dólar operava em forte alta ante o real nesta segunda-feira, atingindo o maior nível intradia desde meados de janeiro, após o governo anunciar outra elevação do prazo para incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre empréstimos no exterior. Às 11h19 (horário de Brasília), o dólar era negociado a 1,8105 real para venda, em alta de 1,43 por cento.

Na máxima até o momento, a cotação atingiu 1,8190 real, maior nível intradia desde 10 de janeiro, quando alcançou na máxima 1,8315 real. O governo aumentou para cinco anos o prazo de incidência incidência do IOF sobre empréstimos no exterior. O prazo foi ampliado onze dias após o governo elevar para três anos o período médio de contratação de linha de financiamento, medida que não teve o efeito imediato esperado no mercado de câmbio, uma vez que as empresas buscam créditos mais longos.

A maioria das empresas brasileiras tem feito captações externas com prazo de no mínimo cinco anos. O Itaú Unibanco , por exemplo, anunciou uma nova emissão de notas não securitizadas de 10 anos, informou nesta segunda-feira o IFR, serviço de notícias da Thomson Reuters, citando pessoa próxima ao acordo. "Talvez o governo não queira taxar operações de prazo maior para não inibir essas captações, mas esses dois aumentos do prazo de incidência do IOF indicam que podem vir extensões maiores caso o governo ache necessário", afirmou o economista sênior da CM Capital Markets Mauricio Nakahodo. "A expectativa de um conjunto de medidas influencia o mercado, uma vez que o governo continua declarando que possui várias ferramentas para conter a valorização do real", acrescentou. Autoridades do governo têm reforçado o discurso contra a valorização excessiva do real. Na última sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou que o governo agirá no mercado de câmbio para proteger a indústria brasileira.

Apenas em 1º de março, o governo anunciou duas medidas para conter uma valorização excessiva do real. No mês passado, o Banco Central voltou a atuar no mercado, comprando dólares através de operações a termo e à vista, além de realizar leilões de swap cambial reveros, que funcionam como uma compra de moeda no mercado futuro. No exterior, o dólar mantinha-se próximo do maior nível em quase um mês ante o euro, na medida em que os investidores continuavam repercutindo dados mostrando melhora no no mercado de trabalho dos Estados Unidos, o que torna menos provável outra rodada de estímulo monetário por parte do Federal Reserve -banco central norte-americano. O euro registrava variação positiva de 0,05 por cento, a 1,3121 dólar, enquanto a moeda norte-americana tinha oscilação negativa de 0,06 por cento em relação a uma cesta de moedas.

São Paulo - O dólar operava em forte alta ante o real nesta segunda-feira, atingindo o maior nível intradia desde meados de janeiro, após o governo anunciar outra elevação do prazo para incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre empréstimos no exterior. Às 11h19 (horário de Brasília), o dólar era negociado a 1,8105 real para venda, em alta de 1,43 por cento.

Na máxima até o momento, a cotação atingiu 1,8190 real, maior nível intradia desde 10 de janeiro, quando alcançou na máxima 1,8315 real. O governo aumentou para cinco anos o prazo de incidência incidência do IOF sobre empréstimos no exterior. O prazo foi ampliado onze dias após o governo elevar para três anos o período médio de contratação de linha de financiamento, medida que não teve o efeito imediato esperado no mercado de câmbio, uma vez que as empresas buscam créditos mais longos.

A maioria das empresas brasileiras tem feito captações externas com prazo de no mínimo cinco anos. O Itaú Unibanco , por exemplo, anunciou uma nova emissão de notas não securitizadas de 10 anos, informou nesta segunda-feira o IFR, serviço de notícias da Thomson Reuters, citando pessoa próxima ao acordo. "Talvez o governo não queira taxar operações de prazo maior para não inibir essas captações, mas esses dois aumentos do prazo de incidência do IOF indicam que podem vir extensões maiores caso o governo ache necessário", afirmou o economista sênior da CM Capital Markets Mauricio Nakahodo. "A expectativa de um conjunto de medidas influencia o mercado, uma vez que o governo continua declarando que possui várias ferramentas para conter a valorização do real", acrescentou. Autoridades do governo têm reforçado o discurso contra a valorização excessiva do real. Na última sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou que o governo agirá no mercado de câmbio para proteger a indústria brasileira.

Apenas em 1º de março, o governo anunciou duas medidas para conter uma valorização excessiva do real. No mês passado, o Banco Central voltou a atuar no mercado, comprando dólares através de operações a termo e à vista, além de realizar leilões de swap cambial reveros, que funcionam como uma compra de moeda no mercado futuro. No exterior, o dólar mantinha-se próximo do maior nível em quase um mês ante o euro, na medida em que os investidores continuavam repercutindo dados mostrando melhora no no mercado de trabalho dos Estados Unidos, o que torna menos provável outra rodada de estímulo monetário por parte do Federal Reserve -banco central norte-americano. O euro registrava variação positiva de 0,05 por cento, a 1,3121 dólar, enquanto a moeda norte-americana tinha oscilação negativa de 0,06 por cento em relação a uma cesta de moedas.

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