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Dólar sobe mais de 1% e toca R$2,43; BC anuncia swap

Às 14h38, o dólar avançava 1,44%, para R$2,4295 na venda, após tocar o nível de R$2,4305 na máxima do dia

Notas de dólar: avanço do dólar no Brasil estava em linha com a desvalorização de outras moedas de países emergentes, apesar das intervenções do Banco Central (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 15h08.

São Paulo - O dólar ampliava a alta ante o real e encostava no patamar de 2,43 reais mesmo após o Banco Central anunciar que fará na quinta-feira mais um leilão de swap cambial tradicional. Investidores continuavam atentos à estratégia de intervenção do BC e à divulgação da ata do Federal Reserve, banco central norte-americano.

Às 14h38, o dólar avançava 1,44 por cento, para 2,4295 reais na venda, após tocar o nível de 2,4305 reais na máxima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 197 milhões de dólares.

O avanço do dólar no Brasil estava em linha com a desvalorização de outras moedas de países emergentes, apesar das intervenções do Banco Central.

O BC realizou um leilão de swap tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro-- durante a manhã e, mais tarde, anunciou que ofertará na quinta-feira mais 20 mil contratos de swap tradicional com vencimento em 1º de abril de 2014. O leilão ocorrerá entre as 10h30 e as 10h40 e o resultado será divulgado a partir das 10h50.

Ambas as ofertas têm como objetivo a rolagem de contratos com vencimento previsto para 2 de setembro deste ano.

Os mercados financeiros globais operavam nesta quarta-feira sob a expectativa da divulgação da ata do Fed, às 15h (horário de Brasília), e possíveis sinais de redução do programa de estímulo da autoridade norte-americana, que injeta 85 bilhões de dólares mensalmente nos mercados.

Como há a possibilidade de o corte no programa ocorrer já no próximo mês, investidores reagem à ameaça de redução da liquidez nos mercados internacionais.

Para alguns operadores, diante desse cenário, o BC pode não atuar de maneira tão agressiva no mercado de câmbio até a divulgação da ata do Fed, pelo fato de a alta do dólar ser um movimento global.


Nesta manhã, o BC brasileiro realizou apenas um leilão de rolagem de contrato de swap cambial tradicional. Com pouco efeito na cotação da moeda norte-americana, o BC estendeu o vencimento de 20 mil contratos que vencem no início setembro para 1º de abril de 2014. O volume financeiro do leilão foi equivalente a 987,9 milhões de dólares.

Com isso, restam agora o BC rolar 20.800 swaps tradicionais.

Apesar de hoje talvez ficar mais cometido, analistas acreditam que a autoridade monetária voltar a atuar com mais força em breve, fornecendo liquidez ao mercado e ofertar lotes maiores de swap, numa estratégia agressiva para conter possíveis ações especulativas que dão gás à alta do dólar e colocam em risco a inflação.

"O BC deveria ofertar swaps com lotes maiores e com mais sequência, não deixando o mercado respirar para coibir especulação e deixar flutuação da moeda de acordo com o fluxo", afirmou o especialista de câmbio da corretora Icap, Ítalo dos Santos.

Na terça-feira, a autoridade monetária aumentou os instrumentos de intervenção no câmbio, realizando leilões de swap para rolagem e novos contratos e leilão de linha, com a venda de dólares com compromisso de recompra. Além disso, o próprio presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, comentou a atuação, dizendo que quem apostava numa única direção do câmbio poderia ter perdas.

"O BC procurará quebrar a resistência dos especuladores e colocar o preço da moeda norte-americana em linha de ajuste, direcionado gradualmente ao preço de 2,30 reais, provavelmente não menos do que isto", afirmou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.

Operadores e analistas começam a ver que o dólar pode se equilibrar ao redor de 2,30 reais no curto prazo. O Credit Suisse, por exemplo, colocou como previsão a possibilidade de o dólar chegar a 2,33 reais nos próximos três meses, acelerando a 2,40 em 12 meses.

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Às 14h38, o dólar avançava 1,44 por cento, para 2,4295 reais na venda, após tocar o nível de 2,4305 reais na máxima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 197 milhões de dólares.

O avanço do dólar no Brasil estava em linha com a desvalorização de outras moedas de países emergentes, apesar das intervenções do Banco Central.

O BC realizou um leilão de swap tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro-- durante a manhã e, mais tarde, anunciou que ofertará na quinta-feira mais 20 mil contratos de swap tradicional com vencimento em 1º de abril de 2014. O leilão ocorrerá entre as 10h30 e as 10h40 e o resultado será divulgado a partir das 10h50.

Ambas as ofertas têm como objetivo a rolagem de contratos com vencimento previsto para 2 de setembro deste ano.

Os mercados financeiros globais operavam nesta quarta-feira sob a expectativa da divulgação da ata do Fed, às 15h (horário de Brasília), e possíveis sinais de redução do programa de estímulo da autoridade norte-americana, que injeta 85 bilhões de dólares mensalmente nos mercados.

Como há a possibilidade de o corte no programa ocorrer já no próximo mês, investidores reagem à ameaça de redução da liquidez nos mercados internacionais.

Para alguns operadores, diante desse cenário, o BC pode não atuar de maneira tão agressiva no mercado de câmbio até a divulgação da ata do Fed, pelo fato de a alta do dólar ser um movimento global.


Nesta manhã, o BC brasileiro realizou apenas um leilão de rolagem de contrato de swap cambial tradicional. Com pouco efeito na cotação da moeda norte-americana, o BC estendeu o vencimento de 20 mil contratos que vencem no início setembro para 1º de abril de 2014. O volume financeiro do leilão foi equivalente a 987,9 milhões de dólares.

Com isso, restam agora o BC rolar 20.800 swaps tradicionais.

Apesar de hoje talvez ficar mais cometido, analistas acreditam que a autoridade monetária voltar a atuar com mais força em breve, fornecendo liquidez ao mercado e ofertar lotes maiores de swap, numa estratégia agressiva para conter possíveis ações especulativas que dão gás à alta do dólar e colocam em risco a inflação.

"O BC deveria ofertar swaps com lotes maiores e com mais sequência, não deixando o mercado respirar para coibir especulação e deixar flutuação da moeda de acordo com o fluxo", afirmou o especialista de câmbio da corretora Icap, Ítalo dos Santos.

Na terça-feira, a autoridade monetária aumentou os instrumentos de intervenção no câmbio, realizando leilões de swap para rolagem e novos contratos e leilão de linha, com a venda de dólares com compromisso de recompra. Além disso, o próprio presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, comentou a atuação, dizendo que quem apostava numa única direção do câmbio poderia ter perdas.

"O BC procurará quebrar a resistência dos especuladores e colocar o preço da moeda norte-americana em linha de ajuste, direcionado gradualmente ao preço de 2,30 reais, provavelmente não menos do que isto", afirmou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.

Operadores e analistas começam a ver que o dólar pode se equilibrar ao redor de 2,30 reais no curto prazo. O Credit Suisse, por exemplo, colocou como previsão a possibilidade de o dólar chegar a 2,33 reais nos próximos três meses, acelerando a 2,40 em 12 meses.

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