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Dólar sobe mais de 1% e passa R$3 por resultado fiscal fraco

Às 11h25, a moeda norte-americana subia 1,27 por cento, a 2,9949 reais na venda, após atingir 3,0068 reais na máxima da sessão

Dólar: a intervenção do Banco Central no câmbio também concentra as atenções do mercado. (Ingram Publishing/ThinkStock)
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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2015 às 12h00.

São Paulo - O dólar avançava mais de 1 por cento e superava 3 reais nesta quinta-feira, acompanhando a alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano e reagindo ao resultado fiscal fraco do governo brasileiro em março.

Às 11h25, a moeda norte-americana subia 1,27 por cento, a 2,9949 reais na venda, após atingir 3,0068 reais na máxima da sessão.

Especialistas lembravam ainda que a briga pela formação da Ptax de abril - taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais - tende a injetar volatilidade no mercado.

As principais moedas emergentes também perdiam terreno contra a divisa dos EUA pois a alta das taxas dos Treasuries diminuía a atratividade relativa de investimentos em países como o Brasil.

Segundo operadores, esse movimento era causado por uma série de dados positivos sobre a maior economia do mundo, incluindo uma queda dos pedidos de auxílio-desemprego ao menor nível desde 2000.

Investidores têm buscado pistas sobre quando o Federal Reserve pretende começar a elevar os juros norte-americanos.

Na sessão passada, o crescimento econômico fraco dos EUA no primeiro trimestre alimentou expectativas de que isso pode demorar mais que o esperado para acontecer, mas os indicadores econômicos desta sessão sugeriram que o mau desempenho pode não ter se estendido ao longo do ano.

"O Fed tem que olhar para o futuro, e não para o passado", afirmou o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

No Brasil, a postura mais defensiva dos investidores era corroborada pelo superávit primário de 239 milhões de reais apurado pelo governo em março, bem abaixo dos 5,15 bilhões de reais esperados por analistas.

O mercado viu no número sinais de que os obstáculos políticos ao ajuste fiscal promovido pelo governo podem atrasar ainda mais o reequilíbrio das contas públicas, medida considerada essencial para resgatar a credibilidade do país perante investidores.

A intervenção do Banco Central no câmbio também concentra as atenções do mercado.

A autoridade monetária ainda não anunciou o início da rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de junho que e equivalem a uma posição vendida de 9,656 bilhões de dólares, após rolar quase integralmente o lote que vence em maio.

"O mercado está um pouco mais tranquilo, então talvez (o BC) espere um pouco para ver se esse alívio dura ou role um pouco menos do que 100 por cento", disse o operador de um importante banco nacional.

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As principais moedas emergentes também perdiam terreno contra a divisa dos EUA pois a alta das taxas dos Treasuries diminuía a atratividade relativa de investimentos em países como o Brasil.

Segundo operadores, esse movimento era causado por uma série de dados positivos sobre a maior economia do mundo, incluindo uma queda dos pedidos de auxílio-desemprego ao menor nível desde 2000.

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"O Fed tem que olhar para o futuro, e não para o passado", afirmou o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

No Brasil, a postura mais defensiva dos investidores era corroborada pelo superávit primário de 239 milhões de reais apurado pelo governo em março, bem abaixo dos 5,15 bilhões de reais esperados por analistas.

O mercado viu no número sinais de que os obstáculos políticos ao ajuste fiscal promovido pelo governo podem atrasar ainda mais o reequilíbrio das contas públicas, medida considerada essencial para resgatar a credibilidade do país perante investidores.

A intervenção do Banco Central no câmbio também concentra as atenções do mercado.

A autoridade monetária ainda não anunciou o início da rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de junho que e equivalem a uma posição vendida de 9,656 bilhões de dólares, após rolar quase integralmente o lote que vence em maio.

"O mercado está um pouco mais tranquilo, então talvez (o BC) espere um pouco para ver se esse alívio dura ou role um pouco menos do que 100 por cento", disse o operador de um importante banco nacional.

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