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Dólar sobe mais de 1% com reação do mercado a medidas

São Paulo - Após na abertura chegar a subir quase 2 por cento, o dólar à vista diminuía a alta na manhã desta quarta-feira, com investidores digerindo a nova medida cambial anunciada pelo governo. Às 9h29, a moeda norte-americana avançava 1,28 por cento, para 1,5585 real na venda. No mesmo horário, a taxa para o […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2011 às 09h41.

São Paulo - Após na abertura chegar a subir quase 2 por cento, o dólar à vista diminuía a alta na manhã desta quarta-feira, com investidores digerindo a nova medida cambial anunciada pelo governo.

Às 9h29, a moeda norte-americana avançava 1,28 por cento, para 1,5585 real na venda.

No mesmo horário, a taxa para o contrato de dólar futuro referente a agosto avançava 1,27 cento, valendo 1559,500 dólar na venda, após iniciar os negócios em alta superior a 2 por cento.

O governo publicou decreto impondo uma taxação de 1 por cento sobre as operações de derivativos cambiais feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no país. A medida visa conter a desvalorização do dólar, que tem oscilado na mínimas em 12 anos ante o real, alimentando preocupações com a competitividade das exportações brasileiras. De acordo com a Medida Provisória publicada, o Conselho Monetário Nacional (CMN) pode ainda impor depósitos sobre os valores dos contratos e da definição, limites, prazos e outras condições sobre negociação dos derivativos.

A taxação de derivativos cambiais com Imposto sobre Operações de Crédito (IOF) ocorrerá sobre operações que resultem em aumento da posição vendida das instituições financeiras, considerada um dos principais elementos por trás da queda do dólar.

Segundo números da BM&FBovespa, os investidores não-residentes sustentavam na véspera cerca de 22,9 bilhões de dólares em apostas na valorização do real.

O aumento da demanda por dólares deve seguir nesta sessão, disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, uma vez que os investidores ainda estão "digerindo" a medida.

"Pode ser que não tenha tanta eficiência, mas a notícia em si, a confusão que isso gera faz o mercado ficar mais receoso.

Ninguém vai querer arriscar hoje", afirmou.

Mas, para Luciano Rostagno, estrategista-chefe da CM Capital Markets, a reação do mercado (puxando o dólar para cima) é natural, e deve ser momentânea, não alterando a perspectiva de queda para a moeda norte-americana no médio e longo prazos, principalmente devido ao elevado juro brasileiro.

"Até pode fazer o dólar dar uma ajustada para cima, mas com a ajuda do movimento externo, onde o euro está se desvalorizando contra o dólar. Talvez essa forte queda que o dólar teve nos últimos dias pode ter sido porque o mercado estava se antecipando a essa medida. O real tende a cair no curtíssimo prazo." O mercado aguarda agora declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a medida. O ministro deve falar às 10h.

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São Paulo - Após na abertura chegar a subir quase 2 por cento, o dólar à vista diminuía a alta na manhã desta quarta-feira, com investidores digerindo a nova medida cambial anunciada pelo governo.

Às 9h29, a moeda norte-americana avançava 1,28 por cento, para 1,5585 real na venda.

No mesmo horário, a taxa para o contrato de dólar futuro referente a agosto avançava 1,27 cento, valendo 1559,500 dólar na venda, após iniciar os negócios em alta superior a 2 por cento.

O governo publicou decreto impondo uma taxação de 1 por cento sobre as operações de derivativos cambiais feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no país. A medida visa conter a desvalorização do dólar, que tem oscilado na mínimas em 12 anos ante o real, alimentando preocupações com a competitividade das exportações brasileiras. De acordo com a Medida Provisória publicada, o Conselho Monetário Nacional (CMN) pode ainda impor depósitos sobre os valores dos contratos e da definição, limites, prazos e outras condições sobre negociação dos derivativos.

A taxação de derivativos cambiais com Imposto sobre Operações de Crédito (IOF) ocorrerá sobre operações que resultem em aumento da posição vendida das instituições financeiras, considerada um dos principais elementos por trás da queda do dólar.

Segundo números da BM&FBovespa, os investidores não-residentes sustentavam na véspera cerca de 22,9 bilhões de dólares em apostas na valorização do real.

O aumento da demanda por dólares deve seguir nesta sessão, disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, uma vez que os investidores ainda estão "digerindo" a medida.

"Pode ser que não tenha tanta eficiência, mas a notícia em si, a confusão que isso gera faz o mercado ficar mais receoso.

Ninguém vai querer arriscar hoje", afirmou.

Mas, para Luciano Rostagno, estrategista-chefe da CM Capital Markets, a reação do mercado (puxando o dólar para cima) é natural, e deve ser momentânea, não alterando a perspectiva de queda para a moeda norte-americana no médio e longo prazos, principalmente devido ao elevado juro brasileiro.

"Até pode fazer o dólar dar uma ajustada para cima, mas com a ajuda do movimento externo, onde o euro está se desvalorizando contra o dólar. Talvez essa forte queda que o dólar teve nos últimos dias pode ter sido porque o mercado estava se antecipando a essa medida. O real tende a cair no curtíssimo prazo." O mercado aguarda agora declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a medida. O ministro deve falar às 10h.

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