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Dólar sobe em meio a cautela antes de feriado no Brasil

Ao fim da sessão, o dólar à vista mostrou alta de 0,10% no balcão, cotado a R$ 2,0320

Dólares: no exterior, a bateria de indicadores norte-americanos trouxe otimismo para os negócios (Karen Bleier/AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 16h16.

São Paulo - O dólar continuou oscilando em margens estreitas ante o real nesta quinta-feira, véspera de feriado de Finados no Brasil. O fato de sexta-feira os mercados funcionarem nos Estados Unidos, onde haverá inclusive a divulgação de dados importantes do mercado de trabalho, limitou os negócios, com os investidores evitando assumir posições mais arriscadas, já que não será possível desfazê-las na sexta-feira.

Ao fim da sessão, o dólar à vista mostrou alta de 0,10% no balcão, cotado a R$ 2,0320. A moeda permaneceu no território positivo durante todo o dia e, perto do fim da sessão, chegou a marcar a máxima de 0,15%, a R$ 2,0330. Pouco depois das 16h30, o giro financeiro somava US$ 1,751 bilhão (US$ 1,631 bilhão em D+2). Na BM&F, a moeda à vista fechou em alta de 0,07%, a R$ 2,0310, com 6 negócios. Às 16h33, o dólar para dezembro de 2012 estava cotado a R$ 2,0400, em baixa de 0,02%.

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"O mercado está travado", resumiu um operador ouvido pela Agência Estado. Segundo ele, o feriado de Finados contribuiu para isso. "Se (o investidor) fosse apostar alguma coisa, não teria como sair amanhã", comentou. Na sexta-feira, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulga o relatório de emprego (payroll) de outubro, que trará pistas sobre o atual estágio da economia norte-americana.


"Este número é muito importante e vai mexer no preço das moedas. Mas como o investidor (no Brasil) poderia assumir risco hoje se não vai dar para operar amanhã?", disse o economista Alfredo Barbutti, da BGC Liquidez Corretora. Para ele, o investidor local também tem demonstrado recentemente uma predisposição a "não assumir uma direção contrária às do Banco Central". Na prática, como a autoridade monetária atua no sentido de segurar a moeda quando ela se aproxima dos R$ 2,02, fica aberto um espaço de flutuação para o lado da alta. "Se já não havia um apetite para o risco (por conta do BC), porque você vai ter hoje, que é véspera de feriado?", questionou.

No exterior, a bateria de indicadores norte-americanos trouxe otimismo para os negócios. Relatório da ADP mostrou que o setor privado norte-americano criou 158 mil empregos em outubro, em base sazonalmente ajustada, acima das 88 mil vagas criadas em setembro. O número é considerado um indicador sobre a tendência do payroll de amanhã. Já os pedidos de auxílio-desemprego na última semana somaram 363 mil, menos que os 369 mil previstos.

Os dados favoreceram as bolsas norte-americanas e também a brasileira, que operaram em alta durante o dia. O dólar americano, por sua vez, registrava perdas ante outras moedas de países ligados a commodities, ao contrário do que se verificou no Brasil. Às 16h50, o dólar americano caía 0,18% ante o australiano, 0,31% ante o canadense e 0,58% ante o neozelandês. No mesmo horário, o euro era cotado a US$ 1,2936, ante Us$ 1,2960% do fim da tarde de quarta-feira.

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