Dólar sobe e volta a R$ 4, mas atuação do BC limita avanço
Na máxima desta sessão, o dólar chegou a 4,0150 reais, alta de cerca de 1 por cento
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2015 às 10h48.
O dólar subia e voltava a 4 reais nesta segunda-feira, refletindo o ambiente de aversão a risco nos mercados externos, mas a forte presença do Banco Central no mercado, aliada à ação do Tesouro Nacional no mercado de títulos, limitava a alta.
Às 10h28, o dólar avançava 0,81 por cento, a 4,0080 reais na venda. A moeda norte-americana chegou a renovar durante a semana passada o recorde intradia, a quase 4,25 reais, mas anulou praticamente todo esse avanço nos dias seguintes, terminando a semana com alta de apenas 0,44 por cento e abaixo de 4 reais.
Na máxima desta sessão, o dólar chegou a 4,0150 reais, alta de cerca de 1 por cento.
Analistas do Scotiabank ressaltaram, em nota a clientes, que os mercados financeiros adotavam uma "mentalidade defensiva" nesta sessão, no início de uma semana marcada por declarações de uma série de autoridades do Federal Reserve, banco central norte-americano, bem como a divulgação dos dados de mercado de trabalho da maior economia do mundo na sexta-feira.
Pesavam ainda preocupações com o crescimento econômico mundial, especialmente em relação à China e economias emergentes, que vêm reduzindo o apetite por ativos de risco.
Esse movimento, que ganhou combustível nesta sessão com o tombo das bolsas europeias, levava o dólar a fortalecer contra as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
No cenário doméstico, operadores mantinham os olhos grudados na estratégia de atuação do BC e do Tesouro Nacional, que na semana passada interrompeu uma espiral negativa de pressão cambial.
Só nas três últimas sessões, o BC atuou dez vezes --incluindo leilões de swaps para rolagem--, mas nunca no mercado à vista vendendo dólares das reservas internacionais.
No fim de semana, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo está "extremamente" preocupado com a alta do dólar por conta de empresas endividadas na moeda norte-americana, mas afirmou que as reservas internacionais do país impedem que haja uma "disruptura" por conta do câmbio.
Operadores não descartavam, no entanto, a possibilidade de novas ondas de volatilidade no câmbio.
"De um lado, há a leitura de que a fala de Dilma coloca em sintonia o Planalto com o BC e o Tesouro Nacional... De outro, o discurso da presidente poderá abrir a possibilidade de o mercado testar o BC, uma vez que os investidores especulariam qual o ponto em que a autoridade monetária iniciaria o uso das reservas", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato.
Até agora, o BC anunciou para esta sessão apenas o tradicional leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares. (Por Bruno Federowski; Edição de Patrícia Duarte)
O dólar subia e voltava a 4 reais nesta segunda-feira, refletindo o ambiente de aversão a risco nos mercados externos, mas a forte presença do Banco Central no mercado, aliada à ação do Tesouro Nacional no mercado de títulos, limitava a alta.
Às 10h28, o dólar avançava 0,81 por cento, a 4,0080 reais na venda. A moeda norte-americana chegou a renovar durante a semana passada o recorde intradia, a quase 4,25 reais, mas anulou praticamente todo esse avanço nos dias seguintes, terminando a semana com alta de apenas 0,44 por cento e abaixo de 4 reais.
Na máxima desta sessão, o dólar chegou a 4,0150 reais, alta de cerca de 1 por cento.
Analistas do Scotiabank ressaltaram, em nota a clientes, que os mercados financeiros adotavam uma "mentalidade defensiva" nesta sessão, no início de uma semana marcada por declarações de uma série de autoridades do Federal Reserve, banco central norte-americano, bem como a divulgação dos dados de mercado de trabalho da maior economia do mundo na sexta-feira.
Pesavam ainda preocupações com o crescimento econômico mundial, especialmente em relação à China e economias emergentes, que vêm reduzindo o apetite por ativos de risco.
Esse movimento, que ganhou combustível nesta sessão com o tombo das bolsas europeias, levava o dólar a fortalecer contra as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
No cenário doméstico, operadores mantinham os olhos grudados na estratégia de atuação do BC e do Tesouro Nacional, que na semana passada interrompeu uma espiral negativa de pressão cambial.
Só nas três últimas sessões, o BC atuou dez vezes --incluindo leilões de swaps para rolagem--, mas nunca no mercado à vista vendendo dólares das reservas internacionais.
No fim de semana, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo está "extremamente" preocupado com a alta do dólar por conta de empresas endividadas na moeda norte-americana, mas afirmou que as reservas internacionais do país impedem que haja uma "disruptura" por conta do câmbio.
Operadores não descartavam, no entanto, a possibilidade de novas ondas de volatilidade no câmbio.
"De um lado, há a leitura de que a fala de Dilma coloca em sintonia o Planalto com o BC e o Tesouro Nacional... De outro, o discurso da presidente poderá abrir a possibilidade de o mercado testar o BC, uma vez que os investidores especulariam qual o ponto em que a autoridade monetária iniciaria o uso das reservas", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato.
Até agora, o BC anunciou para esta sessão apenas o tradicional leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares. (Por Bruno Federowski; Edição de Patrícia Duarte)