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Dólar sobe e fecha no patamar de R$3,55 pela 1ª vez em quase 2 anos

O dólar avançou 0,82 por cento, a 3,5528 reais na venda, maior nível desde 2 de junho de 2016 (3,5875 reais)

Dólar: na máxima dessa sessão, a moeda norte-americana bateu 3,5598 reais (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

Dólar: na máxima dessa sessão, a moeda norte-americana bateu 3,5598 reais (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de maio de 2018 às 17h04.

Última atualização em 7 de maio de 2018 às 17h07.

São Paulo - O dólar voltou a subir nesta segunda-feira e fechou no patamar de 3,55 reais pela primeira vez em quase dois anos, influenciado pelo movimento externo em meio a temores de que os juros possam subir mais do que o esperado nos Estados Unidos.

O dólar avançou 0,82 por cento, a 3,5528 reais na venda, maior nível desde 2 de junho de 2016 (3,5875 reais). Nas duas semanas anteriores, já havia acumulado valorização de 3,29 por cento.

Na máxima dessa sessão, a moeda norte-americana bateu 3,5598 reais. O dólar futuro tinha ganho de cerca de 0,65 por cento no final da tarde.

"O dólar segue o mercado externo e a perspectiva é que lá fora a moeda norte-americana continue forte. O noticiário não foi suficiente para acalmar", afirmou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer, referindo-se à decisão do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sobre política monetária e dados mais fracos sobre o mercado de trabalho norte-americano, ambos na semana passada.

Os mercados globais continuavam temerosos que o Fed possa elevar mais os juros diante de sinais de atividade econômica mais forte e inflação. Taxas elevadas têm potencial para atrair para a maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outros mercados financeiros, como o brasileiro.

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e já havia batido o nível mais alto deste ano, com investidores apostando que o aumento da taxa de juros dos Estados Unidos elevaria a moeda norte-americana.

O dólar também subia ante divisas de países emergentes e exportadores de commodities, como os pesos mexicano e chileno.

Como pano de fundo, os investidores seguiram de olho no noticiário político local, a poucos meses das eleições presidenciais deste ano.

O BC vendeu pelo terceiro dia a oferta integral de até 8.900 mil contratos em swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 1,335 bilhão de dólares do total de 5,650 bilhões de dólares que vence em junho.

Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os contratos que vencem no mês que vem e terá colocado o equivalente a 2,8 bilhões de dólares adicionais.

"Mesmo que o dólar tenha ido para os níveis que levaram o BC a chamar um swap mais robusto, não vejo ele aumentando o volume. Enquanto não for a 3,60 reais, não vejo mais volume de swap", comentou um profissional da mesa de derivativos de uma corretora local, referindo-se à atuação mais forte do BC no mercado de câmbio iniciada na semana passada.

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