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Dólar sobe com expectativas sobre juros dos EUA

A expectativa antes da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), marcada para as 17 horas, conduziu os negócios

Dólar: moeda à vista negociada no balcão subiu 0,32%, aos R$ 2,8440 (Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 15h56.

São Paulo - Numa sessão iniciada apenas às 13 horas, por causa da Quarta-Feira de Cinzas, o viés positivo para o dólar vindo do exterior definiu hoje, 18, o avanço da moeda americana ante o real.

A expectativa antes da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), marcada para as 17 horas, conduziu os negócios, em meio à baixa liquidez no Brasil.

O dólar à vista negociado no balcão subiu 0,32%, aos R$ 2,8440, no sétimo avanço dos últimos dez dias úteis.

Já o dólar para março tinha ganho de 0,28%, aos R$ 2,8525.

"O volume foi baixo. Sempre tem empresas que precisam de reais e que, por isso, vendem alguma coisa. Mas os negócios foram devagar, com o mercado aguardando a ata do Fed", comentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora.

No exterior, a tendência predominante para o dólar também era de alta, com investidores preferindo aguardar o documento do Fed posicionados no dólar.

Tudo porque, em função de declarações mais recentes de diretores do BC americano, existe a percepção de que a alta de juros nos EUA pode começar em meados de 2015 - e não em 2016, como parte do mercado cogitava.

Ontem, o presidente da unidade de Filadélfia do Fed, Charles Plosser, afirmou que vê a taxa dos Fed Funds elevada para 1,0% a 1,5% até o fim do ano.

Atualmente, ela está na faixa de zero a 0,25%. Plosser, no entanto, não tem direito a voto nas decisões deste ano.

Internamente, destaque para declarações feitas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante evento em Washington.

Fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, disseram que o ministro ressaltou que o Banco Central não tem nenhum objetivo com uma cotação específica do câmbio, pois atua basicamente para reduzir movimentos de volatilidade excessiva.

A declaração vai ao encontro de comentários feitos pelo próprio Levy em 30 de janeiro, quando afirmou não ter a intenção de manter o câmbio "artificialmente valorizado".

Mas foi o viés externo que sustentou os ganhos do dólar no Brasil, com a moeda oscilando em margens bastante estreitas.

Na cotação mínima, vista às 13h30, atingiu R$ 2,8380 (+0,11%) e, na máxima, às 13h10 e às 15h03, marcou R$ 2,8480 (+0,46%).

Com o mercado esvaziado, o giro à vista era de apenas US$ 205,9 milhões perto das 16h30, sendo US$ 203,7 milhões em D+2, conforme a clearing de câmbio da BM&FBovespa.

O Banco Central, aliás, não fez operações de leilão de swap hoje (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) e promoveu apenas duas coletas para determinação da ptax, durante a tarde.

A taxa ptax fechou a R$ 2,8430, com alta de 0,13% em relação ao encerramento de sexta-feira (R$ 2,8392).

Perto das 16h30, o dólar tinha alta de 0,39% ante o dólar australiano, subia 0,44% ante o canadense, avançava 0,11% ante o neozelandês, subia 0,30% ante o rand sul-africano, tinha alta de 0,30% ante a lira turca, avançava 0,30% ante o peso chileno e subia 0,19% ante o peso mexicano.

O euro era cotado a US$ 1,1345, ante US$ 1,1414 no fim da tarde de ontem.

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São Paulo - Numa sessão iniciada apenas às 13 horas, por causa da Quarta-Feira de Cinzas, o viés positivo para o dólar vindo do exterior definiu hoje, 18, o avanço da moeda americana ante o real.

A expectativa antes da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), marcada para as 17 horas, conduziu os negócios, em meio à baixa liquidez no Brasil.

O dólar à vista negociado no balcão subiu 0,32%, aos R$ 2,8440, no sétimo avanço dos últimos dez dias úteis.

Já o dólar para março tinha ganho de 0,28%, aos R$ 2,8525.

"O volume foi baixo. Sempre tem empresas que precisam de reais e que, por isso, vendem alguma coisa. Mas os negócios foram devagar, com o mercado aguardando a ata do Fed", comentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora.

No exterior, a tendência predominante para o dólar também era de alta, com investidores preferindo aguardar o documento do Fed posicionados no dólar.

Tudo porque, em função de declarações mais recentes de diretores do BC americano, existe a percepção de que a alta de juros nos EUA pode começar em meados de 2015 - e não em 2016, como parte do mercado cogitava.

Ontem, o presidente da unidade de Filadélfia do Fed, Charles Plosser, afirmou que vê a taxa dos Fed Funds elevada para 1,0% a 1,5% até o fim do ano.

Atualmente, ela está na faixa de zero a 0,25%. Plosser, no entanto, não tem direito a voto nas decisões deste ano.

Internamente, destaque para declarações feitas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante evento em Washington.

Fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, disseram que o ministro ressaltou que o Banco Central não tem nenhum objetivo com uma cotação específica do câmbio, pois atua basicamente para reduzir movimentos de volatilidade excessiva.

A declaração vai ao encontro de comentários feitos pelo próprio Levy em 30 de janeiro, quando afirmou não ter a intenção de manter o câmbio "artificialmente valorizado".

Mas foi o viés externo que sustentou os ganhos do dólar no Brasil, com a moeda oscilando em margens bastante estreitas.

Na cotação mínima, vista às 13h30, atingiu R$ 2,8380 (+0,11%) e, na máxima, às 13h10 e às 15h03, marcou R$ 2,8480 (+0,46%).

Com o mercado esvaziado, o giro à vista era de apenas US$ 205,9 milhões perto das 16h30, sendo US$ 203,7 milhões em D+2, conforme a clearing de câmbio da BM&FBovespa.

O Banco Central, aliás, não fez operações de leilão de swap hoje (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) e promoveu apenas duas coletas para determinação da ptax, durante a tarde.

A taxa ptax fechou a R$ 2,8430, com alta de 0,13% em relação ao encerramento de sexta-feira (R$ 2,8392).

Perto das 16h30, o dólar tinha alta de 0,39% ante o dólar australiano, subia 0,44% ante o canadense, avançava 0,11% ante o neozelandês, subia 0,30% ante o rand sul-africano, tinha alta de 0,30% ante a lira turca, avançava 0,30% ante o peso chileno e subia 0,19% ante o peso mexicano.

O euro era cotado a US$ 1,1345, ante US$ 1,1414 no fim da tarde de ontem.

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