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Dólar sobe com Europa e dados bons dos Estados Unidos

O dólar à vista fechou cotado a R$ 1,8380, com altas de 0,49% no balcão e de 0,59% na BM&F

O avanço da divisa norte-americana ante o real foi bem menor que o ganho diante do euro (Mark Wilson/Getty images)

O avanço da divisa norte-americana ante o real foi bem menor que o ganho diante do euro (Mark Wilson/Getty images)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 16h25.

São Paulo - Preocupações com a liquidez de bancos e a situação de insolvência de vários países europeus combinadas a indicadores econômicos fracos da região provocaram hoje nova migração de investidores para o dólar e títulos da dívida norte-americana, em detrimento de moedas como euro e real e de ações e commodities. O movimento ganhou sustentação ainda em novos dados positivos da economia norte-americana, como a queda dos pedidos de auxílio desemprego na semana passada, o aumento das vendas de redes varejistas em dezembro e a alta do ISM de atividade do setor não industrial (gerente de compras), embora pouco menor que as expectativas.

O dólar à vista fechou cotado a R$ 1,8380, com altas de 0,49% no balcão e de 0,59% na BM&F. O pronto no balcão oscilou o dia todo em campo positivo, entre mínima de R$ 1,8320 (+0,16%) e máxima de R$ 1,8480 (+1,04%). O avanço da divisa norte-americana ante o real, no entanto, foi bem menor que o ganho diante do euro, por exemplo. Primeiro porque o mercado brasileiro teria recebido hoje ingressos pelo segmento comercial de uma empresa do setor de petróleo, segundo fontes ouvidas pela AE. Essas entradas de recursos ampararam a queda da taxa do cupom cambial, para 0,85% no último negócio até 15h54, ante uma taxa de +1,40% no encerramento ontem. A segunda razão é que os agentes financeiros também passaram a contar com expectativas de novos fluxos cambiais positivos.

No exterior, a situação na zona do euro não dá trégua. A desconfiança sobre a liquidez dos bancos da região ressurgiu com informações de que o governo espanhol exigirá que instituições financeiras levantem cerca de 50 bilhões de euros em provisões adicionais para lidar com ativos imobiliários podres e também relatos de que um grande banco alemão precisará levantar capital, de acordo com vários traders de Londres. Em relação à crise de dívidas soberanas, o governo grego alertou hoje que o país corre o risco de pedir default desordenado em março, se não completar as negociações para o segundo pacote de resgate ainda este mês.

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