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Dólar sobe com aversão ao risco e apostas em juro menor

A moeda americana subia 0,1% às 10:08, para R$ 1,8812, depois de se aproximar de R$ 1,90

Segundo analista, o dólar sobe com as apostas em corte da Selic, que pode reduzir a entrada de recursos estrangeiros para aproveitar o diferencial entre as taxas brasileira e externa (Christopher Furlong/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2011 às 10h51.

São Paulo - O dólar ensaia a segunda alta consecutiva com os receios de agravamento da crise grega e de desaceleração global diminuindo a busca por ativos de risco e com as apostas em corte dos juros domésticos.

A moeda americana subia 0,1 por cento às 10:08, para R$ 1,8812, depois de se aproximar de R$ 1,90, alcançando R$ 1,8958 na máxima do dia. No exterior, as bolsas internacionais caem, com perdas superiores a 1,9 por cento nos principais índices europeus, antes de uma reunião que discutirá a situação da Grécia. As commodities e o euro recuam com os receios de moratória grega e de desaceleração global. O ouro sobe.

“Estamos acompanhando o resto do mundo. As bolsas estão caindo com preocupação sobre a região do euro”, disse Mário Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora de Câmbio e Valores, em entrevista por telefone de São Paulo. Segundo ele, o dólar também sobe com as apostas em corte da Selic, que pode reduzir a entrada de recursos estrangeiros para aproveitar o diferencial entre as taxas brasileira e externa. “Este processo está diminuindo”.

Battistel acredita que o Banco Central poderá intervir com leilão de swap cambial caso o dólar chegue a R$ 1,95. Este foi o nível em que o BC fez leilão deste tipo de derivativo em 22 de setembro, marcando a reversão da estratégia anterior de usar swaps reversos para enfraquecer o real.

Os juros futuros recuam hoje com especulações sobre uma possível aceleração do alívio monetário. A presidente Dilma Rousseff quer reduzir a taxa básica de juros para 9 por cento no ano que vem, disse ontem o jornal O Estado do S. Paulo, citando dois ministros e um secretário executivo que não foram identificados.

O mercado elevou de R$ 1,68 para R$ 1,73 a projeção para o câmbio em 2011, segundo pesquisa Focus divulgada hoje pelo Banco Central. Os economistas do mercado ainda reduziram a projeção para a taxa básica Selic em 2012 de 10,75 por cento para 10,50 por cento e mantiveram em 11 por cento a estimativa para 2011, segundo a pesquisa.

O dólar chegou a passar de R$ 1,89 na sexta-feira com investidores buscando ativos considerados mais seguros diante do receio de desaceleração da economia global. A valorização no trimestre é de 21 por cento, a maior desde os 22 por cento do quarto trimestre de 2008, quando a economia global era atingida pela crise financeira.

O dólar acelerou a alta sexta-feira à tarde após o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, dizer que o governo pretende manter o Imposto sobre Operações Financeiras nas compras de títulos da dívida interna por investidores estrangeiros.

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São Paulo - O dólar ensaia a segunda alta consecutiva com os receios de agravamento da crise grega e de desaceleração global diminuindo a busca por ativos de risco e com as apostas em corte dos juros domésticos.

A moeda americana subia 0,1 por cento às 10:08, para R$ 1,8812, depois de se aproximar de R$ 1,90, alcançando R$ 1,8958 na máxima do dia. No exterior, as bolsas internacionais caem, com perdas superiores a 1,9 por cento nos principais índices europeus, antes de uma reunião que discutirá a situação da Grécia. As commodities e o euro recuam com os receios de moratória grega e de desaceleração global. O ouro sobe.

“Estamos acompanhando o resto do mundo. As bolsas estão caindo com preocupação sobre a região do euro”, disse Mário Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora de Câmbio e Valores, em entrevista por telefone de São Paulo. Segundo ele, o dólar também sobe com as apostas em corte da Selic, que pode reduzir a entrada de recursos estrangeiros para aproveitar o diferencial entre as taxas brasileira e externa. “Este processo está diminuindo”.

Battistel acredita que o Banco Central poderá intervir com leilão de swap cambial caso o dólar chegue a R$ 1,95. Este foi o nível em que o BC fez leilão deste tipo de derivativo em 22 de setembro, marcando a reversão da estratégia anterior de usar swaps reversos para enfraquecer o real.

Os juros futuros recuam hoje com especulações sobre uma possível aceleração do alívio monetário. A presidente Dilma Rousseff quer reduzir a taxa básica de juros para 9 por cento no ano que vem, disse ontem o jornal O Estado do S. Paulo, citando dois ministros e um secretário executivo que não foram identificados.

O mercado elevou de R$ 1,68 para R$ 1,73 a projeção para o câmbio em 2011, segundo pesquisa Focus divulgada hoje pelo Banco Central. Os economistas do mercado ainda reduziram a projeção para a taxa básica Selic em 2012 de 10,75 por cento para 10,50 por cento e mantiveram em 11 por cento a estimativa para 2011, segundo a pesquisa.

O dólar chegou a passar de R$ 1,89 na sexta-feira com investidores buscando ativos considerados mais seguros diante do receio de desaceleração da economia global. A valorização no trimestre é de 21 por cento, a maior desde os 22 por cento do quarto trimestre de 2008, quando a economia global era atingida pela crise financeira.

O dólar acelerou a alta sexta-feira à tarde após o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, dizer que o governo pretende manter o Imposto sobre Operações Financeiras nas compras de títulos da dívida interna por investidores estrangeiros.

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