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Dólar sobe acima de R$ 2,22 com piora de contas externas

Movimento esteve atrelado basicamente a fatores domésticos, ainda que a valorização da moeda dos EUA ante algumas divisas emergentes tenha dado sua contribuição

Dólar: moeda engatou o segundo dia consecutivo de alta diante do real (Scott Eells)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2014 às 17h15.

São Paulo - O dólar engatou o segundo dia consecutivo de alta diante do real e encerrou o pregão cotado acima de R$ 2,22.

Tal movimento esteve atrelado basicamente a fatores domésticos, ainda que a valorização da moeda dos EUA ante algumas divisas emergentes tenha dado sua contribuição.

Além do resquício das declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre a demanda menor por swaps, o déficit em transações correntes maior do que o esperado em abril garantiu o avanço de 0,36% do dólar no mercado a vista, a R$ 2,2240.

O giro de negócios no mercado de câmbio, bastante limitado no período da manhã, ganhou algum fôlego à tarde, devido à entrada de recursos por parte de um grande player. Não por acaso, perto da hora do almoço, o dólar à vista tocou na mínima de R$ 2,2140 (-0,09%).

Na máxima, a tarde, a divisa norte-americana bateu em R$ 2,2250 (+0,41%).

O giro financeiro no mercado à vista, segundo a clearing de câmbio da BM&FBovespa, era de cerca de US$ 1,414 bilhão às 16h30.

No mercado futuro, no mesmo horário, o dólar para junho subia 0,32%, a R$ 2,2270.

Pela manhã, o Banco Central informou que o saldo das transações correntes do país ficou negativo em US$ 8,291 bilhões em abril, resultado pior que o esperado pelos analistas consultados pelo AE Projeções, que estimavam déficit entre US$ 5,6 bilhões e US$ 8 bilhões.

No ano, o déficit nessa conta chega a US$ 33,476 bilhões até o mês passado, o equivalente a 4,65% do Produto Interno Bruto (PIB).

Já os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) totalizaram US$ 5,233 bilhões em abril, ficando dentro do intervalo das previsões, entre US$ 4,5 bilhões e US$ 6 bilhões.

Em 2014 até abril, os aportes externos produtivos somam US$ 19,404 bilhões, ou 2,70% do PIB.

Esses números deram força para a alta do dólar, que já ocorria desde o começo da sessão diante da posição defensiva dos investidores antes do resultado da eleição presidencial na Ucrânia no domingo e também devido ao feriado de segunda-feira nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Além disso, as palavras de Tombini, ontem, ainda ecoaram no mercado, com os agentes ainda trabalhando com a possibilidade de o programa diário do BC ser suspenso nos próximos meses.

A desvalorização do real hoje considera ainda a aposta majoritária do mercado de juros futuros na manutenção da taxa Selic em 11% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, na próxima semana.

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Além do resquício das declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre a demanda menor por swaps, o déficit em transações correntes maior do que o esperado em abril garantiu o avanço de 0,36% do dólar no mercado a vista, a R$ 2,2240.

O giro de negócios no mercado de câmbio, bastante limitado no período da manhã, ganhou algum fôlego à tarde, devido à entrada de recursos por parte de um grande player. Não por acaso, perto da hora do almoço, o dólar à vista tocou na mínima de R$ 2,2140 (-0,09%).

Na máxima, a tarde, a divisa norte-americana bateu em R$ 2,2250 (+0,41%).

O giro financeiro no mercado à vista, segundo a clearing de câmbio da BM&FBovespa, era de cerca de US$ 1,414 bilhão às 16h30.

No mercado futuro, no mesmo horário, o dólar para junho subia 0,32%, a R$ 2,2270.

Pela manhã, o Banco Central informou que o saldo das transações correntes do país ficou negativo em US$ 8,291 bilhões em abril, resultado pior que o esperado pelos analistas consultados pelo AE Projeções, que estimavam déficit entre US$ 5,6 bilhões e US$ 8 bilhões.

No ano, o déficit nessa conta chega a US$ 33,476 bilhões até o mês passado, o equivalente a 4,65% do Produto Interno Bruto (PIB).

Já os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) totalizaram US$ 5,233 bilhões em abril, ficando dentro do intervalo das previsões, entre US$ 4,5 bilhões e US$ 6 bilhões.

Em 2014 até abril, os aportes externos produtivos somam US$ 19,404 bilhões, ou 2,70% do PIB.

Esses números deram força para a alta do dólar, que já ocorria desde o começo da sessão diante da posição defensiva dos investidores antes do resultado da eleição presidencial na Ucrânia no domingo e também devido ao feriado de segunda-feira nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Além disso, as palavras de Tombini, ontem, ainda ecoaram no mercado, com os agentes ainda trabalhando com a possibilidade de o programa diário do BC ser suspenso nos próximos meses.

A desvalorização do real hoje considera ainda a aposta majoritária do mercado de juros futuros na manutenção da taxa Selic em 11% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, na próxima semana.

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